Connect with us

Notícias

Quarta pregação da Quaresma do cardeal Cantalamessa

“A esperança necessita da tribulação como a chama necessita do vento para se reforçar. As razões de esperança terrenas devem morrer, uma após a outra, para que venha à tona a verdadeira razão inabalável, que é Deus.”
Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap“EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA”Quarta pregação da Quaresma de 2024
Em nosso comentário aos solenes “Eu Sou” de Cristo no Evangelho de João, chegamos ao capítulo 11. Ele está todo ocupado pelo episódio da ressurreição de Lázaro. O ensinamento que João quis transmitir à Igreja com a sábia composição do capítulo pode ser resumido em três pontos:
Primeiro ponto: Jesus ressuscita o amigo Lázaro (Jo 11,1-44).
Segundo ponto: A ressurreição de Lázaro provoca a condenação de Jesus à morte (11,47-50):
Os chefes dos sacerdotes e os fariseus reuniram então o sinédrio e discutiam: “Que vamos fazer, visto que este homem faz muitos sinais? Se o deixarmos continuar assim, todos crerão nele, e os romanos virão destruir nosso Lugar Santo e nossa nação”. Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: “Vós não entendeis nada! Não considerais ser melhor para vós, que um só morra pelo povo e não pereça a não inteira?”.
Terceiro ponto: A morte de Jesus obterá a ressurreição de todos os que creem nele (11,51-53). O Evangelista assim comenta:
Caifás não falou isso por si mesmo, mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus haveria de morrer pela nação, e não só pela nação, mas também para reconduzir à unidade os filhos de Deus dispersos. A partir desse dia decidiram matar Jesus.
Resumindo, a ressurreição de Lázaro provoca a morte de Jesus; a morte de Jesus provoca a ressurreição de quem crer nele!
*    *    *
Agora podemos nos concentrar na palavra de autorrevelação contida no contexto:
Jesus respondeu: “Teu irmão vau ressuscitar”. Marta disse: “Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia”. Então Jesus declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá (11,23-26).

“Impusemo-nos em não falar, nestas meditações, do que devemos fazer pelos outros, mas somente do que Jesus é e faz por nós: de nos identificarmos com as ovelhas, mão com o pastor. …

 
“Eu sou a ressurreição!”. Perguntamo-nos: de qual ressurreição Jesus fala aqui? Marta pensa na ressurreição final. Jesus não nega esta ressurreição “do último dia”, que ele mesmo promete em outra parte (Jo 6,54), mas aqui anuncia una coisa nova: que a ressurreição começa já, desde agora, para quem crê nele. Santo Agostinho comenta: “O Senhor nos indicou uma ressurreição dos mortos que precede a ressurreição final. E não se trata de uma ressurreição como aquela de Lázaro ou do filho da viúva de Naim… que ressuscitaram para morrer uma outra vez, mas no sentido que afirma aqui: “…tem a vida eterna”[1].
Como se vê, a ideia de uma ressurreição “espiritual” e existencial, que acontece já nesta vida graças à fé, não era desconhecida na tradição cristã. A novidade interveio quando se quis fazer dela o único significado da palavra de Jesus. É conhecida a posição de Bultmann, já em grande parte superada, mas que se impunha quando eu estudava teologia. Segundo ele, a ressurreição de que fala Jesus é uma ressurreição existencial, um despertar de consciência, baseado na fé. Estamos na linha do vago “apelo à decisão” e do “decidir-se por Deus”, aos quais ele reduz quase toda a mensagem do Evangelho.
Mas João dedica dois capítulos inteiros do seu Evangelho à ressurreição real e corporal de Jesus, fornecendo algumas das informações mais detalhadas sobre ela. Para ele, portanto, não é apenas “a causa de Jesus”, isto é, a sua mensagem, que ressuscitou da morte – como alguém escreveu[2] – mas a sua pessoa!
A ressurreição atual não substitui aquela final do corpo, mas é a sua garantia. Ela não anula e não torna inútil a ressurreição de Cristo do túmulo, mas antes se funda justamente sobre ela. Jesus pode dizer “Eu sou a ressurreição”, porque ele é o Ressuscitado! A dimensão existencial depende daquela real, não a substitui.
Antes de João, foi o Apóstolo Paulo a afirmar o vínculo indissolúvel entre a fé cristã e a ressurreição real de Cristo. É sempre útil e salutar recordar as suas veementes palavras aos Coríntios:
E se Cristo não ressuscitou, é vã é a nossa pregação, e vã nossa fé. Assim também seríamos considerados falsas testemunhas de Deus, porque testemunhamos contra ele que ressuscitou Cristo, a quem, de fato, não ressuscitou, se é verdade que os mortos não ressuscitam… E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é ilusória e ainda estais nos vossos pecados (1Cor 15,14-17).
Jesus mesmo indicara a sua ressurreição como o sinal por excelência da autenticidade da sua missão. Aos adversários que lhe pediam um sinal, ele dá uma resposta que dificilmente pode ser atribuída a outrem senão ao próprio Jesus:
Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhes será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra (Mt 12,39-40).
Os seus opositores sabiam bem que Jonas não permanecera para sempre no ventre da baleia, mas que tinha saído dela após três dias.
Em uma meditação anterior, falei do pré-julgamento presente nos não crentes em relação à fé, que não é menor do que aquele que reprovam nos fiéis. Reprovam nos fiéis, de fato, em não poderem ser objetivos, a partir do momento em que a fé lhes impõe, em princípio, a conclusão a que devem chegar, sem se darem conta de que igualmente acontece com ele. Se se parte do pressuposto de que Deus não existe, que o sobrenatural não existe e que os milagres não são possíveis, também a conclusão a que se chegará é dada em princípio, por isso, literalmente, um pré-juízo.
A ressurreição de Cristo constitui o caso mais exemplar disso. Nenhum evento da antiguidade é sufragado por tantos testemunhos de primeira mão como este. Alguns deles remetem-se a personalidades do calibre intelectual de Saulo de Tarso, que anteriormente combatera ferozmente tal crença. Ele fornece um elenco detalhado de testemunhas, algumas das quais ainda em vida, que poderiam, por isso, facilmente desmenti-lo (1Cor 15,6-9).
Tira-se proveito das discordâncias acerca dos lugares e tempos das aparições, sem se dar conta de que esta coincidência não programada sobre o fato central é uma comprovação da verdade histórica deste, mais do que um desengano. Nenhuma “harmonia preestabelecida” neste caso! Antes de serem postos por escrito, os eventos da vida de Jesus foram por décadas transmitidos por via oral – e variações e adaptações marginais são típicos de toda narrativa que uma comunidade viva e em expansão faz das próprias origens, segundo os lugares e as circunstâncias. É a conclusão a que chegou a mais recente e abalizada pesquisa crítica sobre os Evangelhos[3].
De resto, não há apenas as aparições. São João Crisóstomo tem, a respeito, uma famosa página, à qual toda a investigação crítica moderna não tirou nada da sua força de convicção. Dizia, assim, em uma homilia ao povo:
Donde vem que doze homens, e ignorantes, que viviam às margens dos lagos, dos rios e no deserto, enfrentassem tal empreendimento e aqueles que talvez jamais haviam ido a uma cidade e a uma praça, se entregassem à luta contra toda a terra? Que na prisão de Cristo, depois de tantos milagres, uns fugiram, e outro, o chefe de todos eles, o negou. De onde vem que eles, enquanto Cristo vivia, não enfrentaram o ataque dos judeus, e depois de morto e sepultado, (…) armaram-se contra a terra inteira? Acaso não diriam a si mesmos: O que é isto? Não pôde salvar-se a si mesmo e nos protegerá? Enquanto vivo não socorreu a si próprio, e estender-nos-á a mão depois de morto? Enquanto viveu, não submeteu nem um só povo, e nós, proferindo seu nome, converteremos o orbe todo? Não seria desarrazoado não só agir assim, mas até mesmo pensar? É evidente que, se não o tivessem visto ressuscitado, com uma grande prova de seu poder, não se teriam aventurado a obra tão perigosa[4].
A todas estas provas, o não crente não pode opor senão a convicção de que a ressurreição dos mortos é algo de sobrenatural e o sobrenatural não existe. E o que é isto se não, justamente, um pré-juízo e um “a priori”?
Fides christianorum resurrectio Christi est, escreveu Santo Agostinho: “A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo. Todos acreditam que Jesus esteja morto, também os malvados o creem, mas nem todos creem que tenha ressuscitado e não somos cristãos se não cremos nisso”[5]. Este é o verdadeiro artigo com o qual “a Igreja ou está ou cai”. Nos Atos, os Apóstolos são definidos simplesmente como “testemunhas da sua ressurreição” (At 1,22;2,32). Portanto, valeria a pena refrescar a nossa fé nela, antes de celebrá-la liturgicamente em algumas semanas.
*    *    *
Só agora, após ter assegurado o fato histórico da Ressurreição de Cristo, podemos dedicar a nossa atenção ao significado existencial da palavra de Jesus, que é o que mais nos interessa no contexto destas meditações. Comentando o episódio dos mortos ressuscitados e que apareceram em Jerusalém no momento da morte de Cristo (Mt 27,52-53), São Leão Magno escreve: “Aparecem também agora na Cidade Santa [isto é, na Igreja] os sinais da futura ressurreição e o que deve se cumprir um dia nos corpos, cumpra-se agora nos corações[6]. Há, em outras palavras, dois tipos de ressurreição: há uma ressurreição do corpo que acontecerá no último dia e há uma ressurreição do coração que deve acontecer cada dia!
A melhor maneira para descobrir o que se entende por ressurreição do coração é observar o que a ressurreição física de Jesus produziu espiritualmente na vida dos Apóstolos. Pedro inicia a sua Primeira Carta com estas elevadas palavras:
Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva, para uma herança que não se desfaz, não se estraga nem se altera, e que é reservada para vós nos céus (1Pd 1,3-4).
A ressurreição do coração, portanto, é o renascimento da esperança. Estranhamente, a palavra “esperança” está ausente na pregação de Jesus. Os Evangelhos referem muitas de suas frases sobre a fé e sobre a caridade, mas nenhuma sobre a esperança, mesmo que toda a sua pregação proclame que existe uma ressurreição dos mortos e uma vida eterna. Ao contrário, após a Páscoa, vemos literalmente explodir a ideia e o sentimento da esperança na pregação dos Apóstolos. Deus mesmo é definido “o Deus da esperança” (Rm 15,13). A explicação da ausência de frases sobre a esperança no Evangelho é simples: Cristo devia antes morrer e ressurgir. Ressurgindo, abriu a fonte da esperança; inaugurou o próprio objeto da esperança, que é uma vida com Deus além da morte.
Tentemos ver o que poderia produzir um renascimento da esperança em nossa vida espiritual. Os Atos dos Apóstolos narram o que acontece, um dia, diante da porta do templo de Jerusalém chamada “Formosa”. Ao lado dela jazia um coxo pedia esmolas. Um dia, passaram por ali Pedro e João, e sabemos o que acontece. O coxo, curado, pôs-se em pé e, finalmente, depois de quem sabe há quantos anos ali jazia abandonado, também ele cruza aquela porta e entra no templo “saltando e louvando a Deus” (At 3,1-9).
Algo de semelhante poderia acontecer também a nós, graças à esperança. Frequentemente nos encontramos também nós, espiritualmente, na posição do coxo no limiar do templo; inertes e tíbios, como que paralisados diante das dificuldades. Mas eis que a esperança divina passa ao nosso lado, trazida pela palavra de Deus, e diz também a nós, como Pedro disse ao coxo e como Jesus disse ao paralítico: “Levanta-te e anda!” (Mc 2,11). E nós nos levantamos e finalmente entramos no coração da Igreja, prontos para assumir, de novo e com alegria, as tarefas e responsabilidades que não são designadas pela Providência e pela obediência. Estes são os milagres diários da esperança. Ela é realmente uma grande taumaturga, operadora de milagres; reergue milhares de coxos e paralíticos espirituais, milhares de vezes.
O que é extraordinário na esperança é que a sua presença muda tudo, mesmo quando exteriormente não muda nada. Tenho um pequeno exemplo em minha vida. Sou uma pessoa que sente muito mais frio do que calor. Agora, na Itália, em março, no início da primavera, a temperatura, como se sabe, é mais ou menos a mesma que no fim de outubro e início de novembro. Mesmo assim, por anos notei que o frio de março me causava menos problema do que o de novembro. Perguntei-me por que, se a temperatura é a mesma, e finalmente descobri a razão. O frio de novembro é um frio sem esperança, porque se está caminhando para o inverno; o frio de março é um frio com esperança, porque se está caminhando para o verão!
  *    *    *
A Carta aos Hebreus compara a esperança a “uma âncora da alma, segura e firme”. Segura e firme porque lançada não à terra, mas no céu, não no tempo, mas na eternidade, “para além da cortina do Santuário”, diz a Carta aos Hebreus (Hb 6,18-19). Este símbolo da esperança tornou-se clássico. Mas também temos uma outra imagem da esperança – em certo sentido, oposta à precedente – isto é, a vela. Se a âncora é o que dá segurança ao barco e o mantém firme em meio às ondas do mar, a vela é o que o faz mover e avançar no mar.
De ambos os modos opera a esperança, tanto em relação ao barco, que é a Igreja, quanto ao barquinho da nossa vida. É realmente como uma vela que capta o vento e, sem barulho, transforma-o em uma força motriz que transporta o barco sobre as águas. Como a vela, nas mãos de um bom marinheiro, tem condições de aproveitar qualquer vento, donde quer que sopre, favorável ou desfavorável, para mover o barco na direção desejada, assim faz a esperança.
Antes de tudo, a esperança nos vem em auxílio ao nosso caminho pessoal de santificação. A esperança se torna, em quem a põe em prática, o próprio princípio do progresso espiritual. Ela está sempre a postos para descobrir novas “ocasiões de bem”, sempre realizáveis. Por isso, não se permite acomodar na tibieza e na acídia. A esperança é o exato oposto do que às vezes se pensa. Não é uma disposição interior bela e poética que faz sonhar e construir mundos imaginários. Ao contrário, é muito concreta e prática. Passa o seu tempo colocando-nos sempre tarefas a cumprir.
Quando, em uma determinada situação, não há absolutamente nada o que fazer – diz o filósofo Kierkegaard, em um dos seus edificantes discursos –[7], aí sim, seriam a paralisia e o desespero. Mas a esperança descobre sempre que há algo que pode ser feito para melhorar a situação: trabalhar mais, ser mais obedientes, mais humildes, mais mortificados. Quando estiver tentado em dizer a si mesmo: “Não há mais nada a fazer” (é ainda Kierkegaard quem nos fala), a esperança vem e lhe diz: “Reze!”. Você responde: “Mas eu rezei!”, e ela: “Reze ainda!”. E, mesmo que a situação se torne de tal forma dura, que não pareça haver realmente nada mais a fazer, a esperança nos indica ainda uma tarefa: resistir até o fim e não perder a paciência. Isto, evidentemente, não é possível pelos nossos esforços, mas só pela graça de Deus, que nos vem em auxílio e não nos deixa sós.
A esperança tem uma relação privilegiada, no Novo Testamento, com a paciência. É o contrário da impaciência, da pressa, do “tudo e imediatamente”. É o antídoto ao desânimo. Mantém vivo o desejo. É também uma grande pedagoga, no sentido de que não indica tudo de uma vez – tudo o que deve ou pode ser feito – mas nos põe diante de uma possibilidade por vez. Dá só “o pão de cada dia”. Distribui o esforço e permite, assim, realizá-lo.
A Escritura continuamente evidencia esta verdade: que a tribulação não tira a esperança, mas, ao contrário, aumenta-a: “A tribulação – escreve o Apóstolo – gera a perseverança, a perseverança leva a uma virtude comprovada, e a virtude comprovada desabrocha em esperança. Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,3-5).
A esperança necessita da tribulação como a chama necessita do vento para se reforçar. As razões de esperança terrenas devem morrer, uma após a outra, para que venha à tona a verdadeira razão inabalável, que é Deus. Acontece como no lançamento de um navio. É necessário que sejam removidos os andaimes que sustentavam artificialmente o navio, quando estava em construção, e que sejam tirados um após o outro os suportes, para que possa flutuar e avançar livremente sobre a água.
A tribulação nos tira toda “amarra” e nos leva a esperar só em Deus. Conduz àquele estado de perfeição que consiste em esperar quando parece não haver esperança (Rm 4,18), isto é, em continuar a esperar confiando na palavra uma vez pronunciada por Deus, também quando toda razão humana para esperar desapareceu. Tal foi a esperança de Maria sob a cruz e, por isso, a piedade a invoca com o título de Mater Spei, mãe da esperança.
A força transformadora da esperança está maravilhosamente descrita em uma belíssima passagem de Isaías:
Até os adolescentes se afadigam e cansam,e mesmo os jovens às vezes tropeçam!Aqueles, porém, que esperam no Senhor, renovam suas forças,criam asas como de águia, correm e não se afadigam,caminham e não se cansam (Is 40,30-31).
O oráculo é a resposta ao lamento do povo que diz: “Do Senhor está escondido o meu caminho”. Deus não promete tirar as razões do cansaço e da exaustão, mas dá esperança. A situação permanece, de per si, a que era, mas a esperança dá a força para superá-la.
No livro do Apocalipse lemos que: “Quando viu que tinha sido lançado à terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. Mas a mulher recebeu as duas asas da grande águia e voou para o deserto” (Ap 12,13-14). Se a imagem das asas da águia se inspira, como parece claramente, no texto de Isaías, isso significa que a toda a Igreja foram dadas as grandes asas da esperança, para que com elas possa, toda vez, fugir dos ataques do mal e superar toda dificuldade. Hoje, como outrora.
Concluamos escutando, como se feita agora sobre nós, a invocação que o Apóstolo Paulo faz em favor dos fiéis de Roma ao término da sua Carta endereçada a eles:
O Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz em vossa fé. Assim, vossa esperança abundará, pelo poder do Espírito Santo (Rm 15,13).
__________________________
Trdução de Fr. Ricardo Farias
[1] Cf. Agostinho, Tratado sobre o Evangelho de João, 19,9.[2] Cf. W. Marxsen, La risurrezione di Gesú di Nazareth, Bologna 1970 (ed. ingl. The Resurrection of Jesus of Nazareth, London 1970).[3] Cf. J.D.G. Dunn, Gli albori del Cristianesimo, 3 voll., Paideia, Brescia 2006, sintetizado em seu livro Cambiare prospettiva su Gesù, Paideia, Brescia 2011.[4] Cf. João Crisóstomo, Homilias sobre a Primeira Carta aos Coríntios, 4,4 (PG 61,35ss).[5] Cf. Agostinho, Enarr. in Psaslmos, 120,6.[6] Cf. Leão Magno, Sermo 66,3: PL 54,366.[7]Cf. Søren Kierkegaard, Gli atti dell’amore, Parte II, n. 3.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias

O Papa: muitos conflitos abertos, não ceder à lógica das armas

Francisco divulgou uma carta por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma a Maria Salus Populi Romani durante a fúria da II Guerra Mundial. O Pontífice pede que o aniversário seja uma oportunidade para “meditar em torno do terrível flagelo da guerra”. Olhando para a Ucrânia, Oriente Médio, Sudão e Mianmar, exorta a ouvir os “gritos de terror e de sofrimento” que questionam a consciência de todos e a “trabalhar pela paz na Europa e no mundo”.
Mariangela Jaguraba- Vatican News
O Papa Francisco enviou uma carta ao vice-gerente da Diocese de Roma, dom Baldassarre Reina, por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma ao ícone de Nossa Senhora conhecido como “Salus Populi Romani” durante a II Guerra Mundial.
O Pontífice une-se espiritualmente a toda a comunidade diocesana que celebra pela primeira vez a memória litúrgica da Salus Populi Romani, e recorda o voto que o povo de Roma e seu Pastor, Papa Pio XII, fez a Nossa Senhora em 4 de junho de 1944 para implorar a salvação da cidade, quando o confronto direto entre o exército alemão e os aliados anglo-americanos estava prestes a acontecer”, escreve o Papa no texto.
“A devoção ao antigo ícone conservado na Basílica de Santa Maria Maior está viva há séculos no coração dos romanos, que recorriam a ele para fazer súplicas e invocações, especialmente durante pragas, desastres naturais e guerras”, escreve ainda Francisco. “Os eventos marcantes da vida religiosa e civil de Roma eram registrados em frente a essa imagem. Portanto, não é de surpreender que o povo romano desejou confiar-se mais uma vez a Maria Salus Populi Romani enquanto a Urbe vivia o pesadelo da devastação nazista”, ressalta ainda o Papa.

Pio XII com os cidadãos romanos após o bombardeio do bairro de São Lourenço

Não ceder à lógica das armas
De acordo com Francisco, “oitenta anos depois, a lembrança desse acontecimento tão cheio de significado quer ser uma ocasião para rezar por aqueles que perderam a vida na II Guerra Mundial e para fazer uma meditação renovada sobre o tremendo flagelo da guerra”.
Muitos conflitos em diferentes partes do mundo ainda estão abertos hoje. Penso em particular na martirizada Ucrânia, na Palestina e Israel, no Sudão e Mianmar, onde as armas ainda fazem barulho e mais sangue humano continua sendo derramado.

“Esses são dramas que afetam inúmeras vítimas inocentes, cujos gritos de terror e sofrimento questionam a consciência de todos: não podemos e não devemos ceder à lógica das armas!”

O apelo de Paulo VI à ONU
O Pontífice recorda que “vinte anos após o fim da II Guerra Mundial, em 1965, o Papa São Paulo VI, falando na ONU, perguntou: ‘Será que o mundo chegará a mudar a mentalidade particularista e bélica que até agora teceu grande parte de sua história?'” Segundo Francisco, “essa pergunta, que ainda aguarda uma resposta, estimula todos a trabalhar concretamente pela paz na Europa e em todo o mundo”.

“A paz é um dom de Deus que também deve encontrar hoje corações dispostos a acolhê-lo e trabalhar para serem construtores da reconciliação e testemunhas da esperança.”

Ser construtor de paz
Francisco espera “que as iniciativas promovidas para comemorar o voto popular à Mãe de Deus, nos quatro lugares que foram protagonistas daquele acontecimento, possam reavivar nos romanos a intenção de serem construtores de uma verdadeira paz em todos os lugares, relançando a fraternidade como condição essencial para recompor conflitos e hostilidade”. “Pode ser construtor de paz”, ressalta o Papa, “quem a possui dentro de si e, com coragem e mansidão, se compromete em criar vínculos, em estabelecer relações entre as pessoas, em apaziguar as tensões na família, no trabalho, na escola, entre os amigos”.
O Pontífice conclui a carta, pedindo a Nossa Senhora Medianeira para que “obtenha para toda a humanidade o dom da concórdia e da paz” e confia “todos os habitantes de Roma, especialmente os idosos, os doentes, as pessoas sozinhas e em dificuldade, à intercessão materna da Salus Populi Romani”.

Continue Reading

Notícias

Indonésia. Ilha de Flores ainda é uma “terra prometida” de vocações

“Em junho e julho estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”, conta Pe. Galvani
Vatican News

 

Em 1924 os vigários e prefeitos apostólicos encontraram-se pela primeira vez, para definir uma orientação comum sobre diversas questões da vida da Igreja e sobre a relação com as …

“Nesta época de final de ano letivo, estamos obtendo bons resultados vocacionais. Nós, Camilianos, tentamos nos manter em forma tanto quanto possível com muitas pequenas coisas boas para fazer, não apenas no campo vocacional, mas também com nossas iniciativas sociais e de caridade.”
É o que conta à agência missionária Fides o padre Luigi Galvani, pioneiro na Diocese de Maumere, na Indonésia, onde os Missionários Camilianos estão presentes em três dioceses com 4 seminários, dois centros sociais onde coordenam um programa de nutrição para 160 crianças pobres, apoio à distância para cerca de 20 estudantes merecedores, um projeto de “casas especiais” para libertar os doentes mentais de situações de opressão e, por fim, um modesto projeto de produção de água mineral e do sorvete “São Camilo”.
Ordenações diaconais entre os vários institutos missionários
“Em junho e julho – explica ele – estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”.
A mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio

Em algumas áreas do país, que o Papa visitará em setembro, membros do clero local e de ordens religiosas masculinas e femininas moram por alguns dias em famílias católicas, …

“Nos próximos meses, haverá também as profissões religiosas de numerosos noviços e noviças dos vários institutos masculinos e femininos presentes na Diocese de Maumere, que, no momento, atingiram o número de 62 comunidades religiosas”.
“Todos esses resultados vocacionais encorajadores – conclui o missionário – certamente recompensam o empenho dos vários promotores, mas também são um testemunho da fé e do espírito missionário de centenas e centenas de famílias na ilha de Flores, que continua sendo a mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio. Talvez seja também por isso que Flores é chamada de “terra prometida” de vocações.
(com Fides)

Continue Reading

Notícias

África Central, quando uma Porta Santa se abriu para o mundo

O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2015, foi aberto em um lugar sem precedentes, longe do coração cristão do mundo, a Basílica de São Pedro, mas dentro do coração do Papa Francisco, em Bangui. O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo da capital da África Central, revive aquele dia memorável e o significado benéfico que a visita do Pontífice produziu ao longo do tempo.
Maria Milvia Morciano e Jean Charles Putzolu – Vatican News
É tarde e a noite se prepara lentamente para chegar, tingindo o céu de rosa e dourado. A porta da Catedral de Notre-Dame em Bangui se abre, empurrada por duas mãos firmes. A figura de Francisco está de pé, vigorosa. Muitos anos se passaram desde aquele 29 de novembro de 2015, o primeiro dia do Advento e a data de início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que foi inaugurado, antecipadamente, em um lugar igualmente extraordinário, na capital da África Central. Pela primeira vez na história, a abertura da Porta Santa não se realiza na Basílica de São Pedro, no túmulo do Apóstolo, no centro do mundo cristão, mas em um lugar remoto, para muitos desconhecido.
Capital espiritual
A África Central é um dos países mais sangrentos e divididos do mundo. O Papa o escolheu justamente por esse motivo, para levar misericórdia e uma mensagem de paz a uma “terra que está sofrendo há vários anos com a guerra e o ódio, a incompreensão e a falta de paz. Mas nessa terra sofrida há também todos os países que estão passando através da cruz da guerra. Bangui se torna a capital espiritual da oração pela misericórdia do Pai. Todos nós pedimos paz, misericórdia, reconciliação, perdão, amor. Por Bangui, por toda a República Centro-Africana, por todo o mundo, pelos países que estão sofrendo com a guerra, pedimos paz!”, disse o Papa na praça da igreja, depois de sair de um papamóvel, desprovido de qualquer proteção contra possíveis perigos, onde o imã também concordou em se sentar.
Um gesto universal compreendido por todos
Uma tradição antiga é transferida para um país jovem. O significado de abrir a Porta Santa e cruzar o limiar está enraizado em um simbolismo ancestral que, em Bangui, se ramifica e dá novos frutos. Ele está revestido de futuro. O gesto do Papa Francisco foi revolucionário porque, em um lugar fechado, cheio de barreiras, ele abre uma porta para a esperança, convida as pessoas a entrarem para encontrar misericórdia e paz, para encontrar Cristo e serem transformadas. Ele traduz de forma cristã uma metáfora compreensível para todos, em qualquer lugar do mundo, de qualquer tradição, religião, experiência e história. Todos entendem que se trata de um rito de passagem fundamental e sagrado.
A linha de fronteira, o limes latim, ponto final, fechamento, é transformada em limen, limiar, abertura. Talvez não seja coincidência o fato de duas palavras opostas conterem a mesma raiz, mas é interessante lembrar o fato de que, na linguagem eclesiástica, a “visitatio ad limina apostolorum” é a visita dos peregrinos aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, que remonta aos primeiros séculos da Igreja, mais tarde estendida aos bispos. Tudo fala de Jubileu.
Portas Santas em toda parte
Naquele ano de Misericórdia, muitas Portas Santas foram abertas em todo o mundo, quase um sistema solar composto por milhares de estrelas brilhantes espalhadas pela Terra, mesmo nos lugares mais remotos. Foi uma grande oportunidade, um presente dado a todos, mesmo àqueles que, por vários motivos, não podiam se locomover e viajar. Foi um jubileu extraordinário que pôde ser vivenciado em todas as igrejas locais, permitindo que aqueles que quisessem vivenciar plenamente o evento, fazer a peregrinação e atravessar a Porta da Misericórdia em sua própria diocese.
Uma esperança que vem de Roma
O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo de Bangui, é um dos intérpretes nodais de seu país. Sua história é de fé e de uma árdua “luta pela paz”, lembrando o título de seu livro na versão italiana, publicado pela Livraria Editora Vaticana em 2022. O cardeal centro-africano compartilhou com a mídia vaticana, aos microfones de Jean Charles Putzolu, a memória daqueles dias e as consequências benéficas da visita do Papa à África Central.
Gostaria de levá-los de volta ao dia 29 de novembro de 2015, o primeiro domingo do Advento, quando o Papa Francisco abriu a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia. Foi em Bangui, na República Centro-Africana, portanto, em seu país: uma tradição muito antiga chegando a um país jovem. Em sua opinião, qual foi o significado desse gesto para todos os centro-africanos?
É um gesto único na história não apenas da Igreja universal, mas também da nossa Igreja.
Porque nós, centro-africanos, diante da violência, do sofrimento e da morte, encontrando-nos vivendo em um estado de absurdo, sentimos a esperança que veio de Roma por meio do homem de Deus, o Papa, que veio para aplacar, para trazer paz, tranquilidade e perdão, para trazer reconciliação, convidando nós, centro-africanos, a abrir as portas de nossos corações, cheios de ódio, rancor e vingança, para que pudéssemos nos enfrentar. É por isso que ele mesmo disse para depormos nossas armas: “leve a justiça, leve o amor”. Acredito que seu gesto será sempre lembrado aqui na República Centro-Africana. Muçulmanos, protestantes, católicos, todos nós somos unânimes em dizer que sua chegada foi salutar.
E o Papa de fato chegou. Ela se lembrou dessa mensagem, desse chamado para depor as armas. Havia uma enorme tensão até quase dois dias antes de sua chegada a Bangui. Houve mais tensão desde então? Essa mensagem foi ouvida? A mensagem do Papa foi ouvida e atendida? As armas ficaram em silêncio?
Acho que a mensagem foi ouvida. Passamos seis meses desde a partida do Papa como se estivéssemos em um país normal, algo impensável até dois dias antes de sua chegada. Sua chegada aliviou a pressão. Vimos muçulmanos saindo de seus enclaves para se juntarem a seus irmãos e irmãs católicos no estádio, para participar da grande celebração. As pessoas iam e vinham. O Km 5 [marco 5] era considerado um local onde havia muitas armas e, portanto, não se podia entrar. Mas fui até lá com os cristãos para acompanhar o Papa, dizendo aos muçulmanos: “vamos caminhar juntos!”
O Papa veio de Roma para a República Centro-Africana, os cristãos de Bangui deixaram nossos bairros para ir ao encontro de nossos irmãos, caminhando pela paz. Bem, nós marchamos e continuamos a fazê-lo desde aquele dia. Um líder rebelde nos disse que deveríamos conversar sobre espiritualidade com os imãs. Os imãs organizaram uma grande reunião para pedir aos líderes rebeldes que depusessem suas armas e muita coisa mudou desde então. Isso também foi resultado da visita do Papa.
Os imãs realizaram um grande encontro para pedir aos líderes rebeldes que deponham as armas e isso mudou muito. Esse também foi o resultado da visita do Papa, que nos deu um empurrão, nos fez recomeçar e agora estamos vendo os resultados. Hoje as armas não circulam mais como antes.
Em sua opinião, quais foram os outros frutos desse evento?
Foram os encontros entre jovens muçulmanos e jovens cristãos. Encontros bastante regulares entre mulheres muçulmanas e mulheres cristãs, e entre nós, líderes. Há pouco tempo, em março, uma mesquita a 250 quilômetros daqui foi vandalizada. O imã, o pastor protestante e eu falamos ao coração de nossos fiéis para desarmá-los e convidá-los a cooperar, respeitar, valorizar e respeitar o local. Esse, em minha opinião, é o fruto dessa passagem. Agora também pedimos que a justiça seja feita. Isso significa que aqueles que perderam suas casas devem poder recuperá-las, o que significa que aqueles que moram na casa do vizinho há muito tempo devem ter a gentileza de sair. E nós, líderes religiosos, trabalhamos com o coração. Há alguns que saem para deixar a casa para os proprietários sem passar pelos tribunais ou pelo Estado. Portanto, acho que isso também é proveitoso. Agora os corações estão dispostos e podemos conversar, podemos imaginar um futuro comum.
Quando o senhor diz que eles saem de casa, é porque eles realmente a devolvem ao seu legítimo proprietário, certo?
Exatamente isso.
Em um nível mais pessoal, Vossa Eminência, quais são suas lembranças mais fortes e talvez mais vívidas daquele período?
A lembrança mais vívida é a de entrar no quilômetro 5 dois dias antes: era impossível atravessar o posto de controle. Eu estava lá. Vi com meus próprios olhos: o Papa escolheu ir em um veículo não blindado, mas em campo aberto. Todos sabiam que havia muitas armas no local. Francisco teve a coragem de ir até lá e vimos que o imã também concordou em ir no papamóvel. Essa é a imagem mais forte. Quando saí para ir ao estádio, vi muçulmanos saindo em massa, arriscando suas vidas. Foi sua fé que os levou a sair. Um imã nos disse: ‘O Papa não veio para vocês, cristãos, mas para nós, muçulmanos. Estávamos no enclave, estávamos na escravidão. Ele nos libertou!”
Eminência, uma última pergunta: o senhor se tornou inseparável do Imã… entre cristãos e muçulmanos e também com os protestantes. Vocês realizam iniciativas juntos quase diariamente. Esse é outro fruto. É claro que é o resultado de seu trabalho, mas também é o resultado da visita do Papa…
A visita do papa nos confortou, incentivou e apoiou nesse trabalho. E fomos nós três que pedimos a ele que viesse à República Centro-Africana. Acho que todos nós somos gratos a ele. Esse é o fruto de sua passagem.
O Jubileu de 2025. Como estão se preparando para ele?
O Jubileu de 2025 é um momento importante para a Igreja. Bem, já estão sendo criados grupos aqui para refletir, orar, reunir-se e também para ver como, localmente, viveremos esse momento. Este ano celebraremos 130 anos de evangelização na República Centro-Africana e, ao mesmo tempo, estaremos caminhando para 2025, que está logo ali, e estamos trabalhando em ambos. Portanto, acho que há muito entusiasmo. Eu estava com um grupo de jovens que se encontrava na igreja em massa e dissemos uns aos outros: este é um momento importante porque é um momento de graça, mas também é um momento complicado e elevado. Não podemos deixar passar esse momento favorável.

O cardeal Dieudonné Nzapalainga

Continue Reading

Mais Vistos

Copyright © 2024 - Caminho Divino