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145ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio em Farroupilha

Neste próximo final de semana, nos dias 25 e 26 de maio, realiza-se a 145ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio em Farroupilha, com o lema “Fonte de Misericórdia, Rogai por Nós”, lema este que tem sido um sinal de conforto para tantos gaúchos que encontram, junto à devoção de Caravaggio, alento e esperança diante de toda esta tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul.
Leandro Ávila – Farroupilha
Mesmo com todas as dificuldades que afligem nossa região, a festa deste ano está confirmada, e todos os caminhos conduzem a Caravaggio, esperando os devotos da Mãe de Caravaggio para o encontro que nos venha reavivar a esperança e experienciar o consolo com o próprio Amor, Jesus Eucarístico, centro da Romaria.
Em entrevista ao jornalista Leandro Ávila, da assessoria de comunicação do Santuário, o reitor padre Ricardo Fontana fala da âncora que é o Santuário de Caravaggio, um porto ancorado na esperança e na misericórdia em nosso Rio Grande do Sul.
Padre Ricardo, diante desse momento difícil que o RS vive e que todo o mundo acompanha com cuidado e com oração principalmente dentro da Santa igreja, qual a importância de acontecer 145 Romaria neste tempo, tendo como lema: ‘’ Fonte de Misericórdia, rogai por nós.”
Pe. Ricardo: Leandro Ávila, a 145º Romaria vem ao encontro deste tempo em que nós vivemos, é  tempo de cuidar,  este é o lema da CNBB aqui do RS,  cuidar da vida das pessoas para que todas as vidas sejam cuidadas e salvas, cuidar da vidas das pessoas que perderam tudo e estão desabrigadas e precisam recomeçar a sua vida, cuidar de quem está ajudando, mas também precisamos cuidar da  dimensão emocional, as pessoas estão em estado de choque muito grande,  perplexas porque não conseguem mais reencontrar o seu lugar.Tem duas coisas para o ser humano muito importante: o espaço e o tempo, então estão perdendo a noção até do tempo e sobretudo perdem a noção do espaço porque não encontram mais   a sua casa e o seu lugar como era antes, então é um grande choque também, além das perda dos entes queridos, dos seus animais de estimação, da perda de todos seus bens moveis pela chuva que entrou, e muitos perderam seus bens imóveis, não só a casa, as vezes ate o lugar ficou totalmente sem a sua identidade de origem.
Além desses dois cuidados, do material, dos bens e do emocional, é importante também não descuidar da fé, então o Santuário, como nesse Rio grande que estamos vivendo está portado no porto seguro, tem como âncora a esperança. Então o Santuário ele vai ter esse papel de renovar a dimensão espiritual das pessoas  que também está bastante abalada, a fé fica abalada e o Santuário ele se torna este centro de escuta, de acolhimento, para que as pessoas possam se revigorar, se fortalecer na vida de oração, o fato de vir até Caravaggio, ou ter este contato com Caravaggio, seja via transmissões, enfim, através dos áudio visuais, a pessoas consegue sentir-se amparada na sua casa, é como se ela tivesse visitando a casa da sua mae no dia das mães, então a Romaria se torna a casa da mãe, da mãe  das misericórdias, a misericórdia é um coração voltado para as dores humanas, um coração voltado cheio de compaixão pra as misérias humanas, e neste momento as miséria são em todos os sentidos, inclusive espiritual,
O Santuário de Caravaggio aportado neste porto seguro com a ancora da esperança, ele renova a fé e dá força para pessoas continuarem nesse espirito de solidariedade tão forte e marcante, que marcou não só o nosso RS mas todo Brasil de uma maneira geral e sensibilizou também outros países, então acredito que tanto a Romaria, tanto o Lema da Romaria: Fonte de Misericórdia, rogai por nós, vem ao encontro dessa dimensão de fortalecer a espiritualidade das pessoas.
Pe Ricardo a gente vê nesses dias aqui junto ao Santuário, que muitas pessoas acorrem com suas dores, também pra confissão , pra aconselhamento é um momento em que essa providencia que foi o lema, sem se saber o que estaríamos vivendo, nessa escolha já anunciada no ano passado:’ Fonte de Misericórdia, rogai por nós’ e as pessoas tem vindo, a gente também tem recebido nas redes sociais, pessoas de lugares devastados que estão anunciando que vem em excursão, em caminhada, em peregrinação para o encontro com a Misericórdia
Pe. Ricardo: É de arrepiar né Leandro Ávila isso, porque a gente fica também tocados e emocionados, porque a gente vê como Caravaggio é esse lugar de esperança, as pessoas sentem esse conforto, diante da cruz estão de pé como estava o discipulo amado, e foi na cruz que Jesus disse a sua mãe , mulher eis o teu filho, então ai eu acredito que todo povo que esta vivenciando esta cruz no nosso rio grande, quando ele vem a Caravaggio ele consegues estar de pé diante da cruz e ouvir esta voz de Jesus que diz: – Filho ou meu querido discipulo amado ai está a tua mãe,  eis a tua mãe,  e diz Filho eis tua me e mulher eis o teu filho, então essa troca mutua. Então foi uma inspiração você lembra né Leandro que nós procurando o lema foi contemplando o vitral assim e vimos assim os vitrais do Santuário de Caravaggio, em seu conceito geral eles revelam o sangue e aguam seu conceito geral eles revelam sangue e agua que jorraram do lado de Cristo pendente da Cruz, morto pendente da cruz, quando o soldado lançou a lança no seu lado e jorrou sangue e agua, e os vitrais revelam isso, e ai está a misericórdia, então Maria revela também esta fonte de misericórdia, pois o que ela nos oferece seu filho amado, e pede que a gente faça tudo o que ele nos ensinar, nos disser. Então foi uma intuição, porque tinha tantos outros temas que estavam na pauta, era a Campanha da fraternidade com  amizade social, o de outro tema que estava na pauta o ano oração, o Jubileu que vem se aproximando, a gente pensava até em falar esperança, e creio que será o Lema, estou dando um spoiler aqui né, pois a gente anuncia só dia 26, diante do ano Jubilar que vem ai, o tema da Esperança e creio que vai ser esse, já adiantando aqui em primeira mão pra você e pra rádio Vaticana, que a gente tem pensado em trabalhar essa questão da esperança, esse lema intuitivamente por unção do espírito, por moção do espirito nos veio para revelar que Deus, mesmo diante de tanta dor, de tanta cruz, e ele padecendo  na cruz, mesmo morto na cruz quando o soldado feriu Jesus com a jorrou a misericórdia, então é isso que Caravaggio tem a oferecer, este lado ferido de Cristo na cruz se torna uma verdadeira fonte de amor misericordioso para com esta humanidade sofredora.
Padre Ricardo, diante da proximidade da Festa, que agora no próximo final de semana,  25 e 26 de maio a gente vê que o espirito santo no senhor e também nos outros sacerdotes esse chamado de esperança, convidando as pessoas a estarem aqui quem não puder por vários motivos, até mesmo da destruição das estradas e das pontes, mas aqueles que podem estar aqui para bem vivermos esse carinho de mãe com essa esperança que Deus nos dá.
Pe. Ricardo:   Interessante que muitas pessoas, até  lideranças da sociedade civil, todos achavam que não ia sair Caravaggio este ano, Caravaggio está aqui né, não tem como a gente fechar as portas e dizer para as pessoas não virem , e com a graça de Deus Farroupilha foi muito protegida, nós não tivemos nenhuma baixa no município de Farroupilha, do 80 mil habitantes, todos conseguiram estar salvos, teve vários deslizamentos, desmoronamentos, teve fechamentos também de vias e é interessante que todas as vias  que dão pra Caravaggio já estão abertas aqui, que vem de Caxias, que vem de Farroupilha e Bento Gonçalves que são os três grandes caminhos de Caravaggio, os três grandes caminhos estão plenamente cuidados e abertos, então isso se torna pra nós um sinal, e  a Festa do dia 26 de maio cai no dia da Santíssima Trindade, então os três caminhos abertos para a Casa da Mãe, isso nos impressiona, isso me deixa assim também é  uma inspiração que o Espirito nos deu pra nos dizer: – não a Romaria vai acontecer, os romeiros precisam e querem vir a Caravaggio, querem vir renovar a sua fé querem vir fazer o seu voto daquilo que tinham feito como promessa, então querem deixar aqui o seu voto e fazer parte dos Ex votos  do nosso Santuário, querem entrar nesse Memorial dos Ex votos, os peregrinos e devotos precisam sentir, querem tocar a Mae de Caravaggio, querem sentir-se tocado por ela pela mão dos sacerdotes, o sacerdotes que está ai a escuta nos Confessionários. Tem duas coisas que o nosso colega  ontem na coletiva lembrou Pe Joone Fachineli, eu acho que ele foi muito inspirado e feliz quando ele disse tem duas coisas que o peregrinos e romeiro de modo geral de todas as classes, interessante isso, de qualquer classe ele vem e  a primeira coisa que ele quer fazer é tocar nos pés de Nossa Senhora de Caravaggio, ele nem quer tocar na mão ele  vem pra tocar nos pés e quer sentir-se tocado pela mão do sacerdote numa benção, é incrível isso, então  ou ele vem pra confissão, pra reconciliação, ou ele vem geralmente pra celebração eucarística claro, tem as missas são dez missas diárias aqui oferecidas, mas a maioria deles a gente tem feito essa experiencia  a dois anos eles querem ter o toque da mão do sacerdote para sentir-se abençoados, então ele vem como que tocar nos pés de Nossa Senhora pra sentir-se tocado nas mãos sacerdotais do próprio Cristo, então quer dizer a Mãe sempre vai oferecer Jesus pras pessoas que vem a casa dela.
Pe Ricardo diante de tantos ouvintes que temos não só do Brasil, mas de todo Brasil e também de fora, e daqueles que estão próximos do Santuário o seu convite a quem pode estar aqui estar aqui, quem pode nos acompanhar pelas redes sociais dos mais diversos lugares e a sua benção também.
Pe. Ricardo: Com certeza Ávila, então fica este convite pra se solidarizar conosco na oração também estar em comunhão de vida , em comunhão de oração é estar sendo solidário conosco neste momento , porque nós também precisamos desta força, então todas as missas são transmitidas pelas redes sociais Instagram, face book e youtube, tem também  outros  canais de televisão e rádio que estão transmitindo, mas aproveitando seria um sinal bonito todos países de língua portuguesa, tanto é que nós optamos como regional Sul 3 aqui da CNBB  continuar fazendo a Campanha para Moçambique que é o nosso pais adotado aqui nas missões, pais de Moçambique da África que é de língua portuguesa, então a gente fez toda Campanha de Pentecostes em prol do pais de Moçambique pra manter as missões lá como país irmão né que a gente tem aqui do estado do Rio Grande do Sul.
E também vamos ter um ponto de coleta Pe Ricardo com donativos aqui no Santuário
Pe Ricardo: Com certeza, que é o que tomou conta do nosso estado do nosso País, foram esses pontos de coleta de solidariedade, material de higiene, alimentos não perecíveis, material de limpeza , que são esses três itens também que a gente está pedindo que as pessoas tragam aqui nesse ponto de coleta do nosso Santuário que é diante do altar do Senhor por sinal, como um gesto que  a mesa da eucaristia ela se torna uma extensão também de caridade para com as pessoas que mais necessitam, para pedir aos pobres,  não adiantaria  nós só prepararmos os cálices  bonitos dourados, os candelabros dourados sobre o altar se a gente também, se o altar não tivesse essa extensão da caridade. A Festa de Corpus Christi também se aproxima , na próxima quinta-feira , então logo depois da Festa da Santíssima Trindade no domingo, pra nós aqui também é dia de Nossa Senhora de Caravaggio 26 de maio, mas já no dia 30 é Corpus Christi  então o corpo de Cristo ele está sobre o altar, o corpo de Cristo  também se manifesta nessa pessoa  necessitada, então acho que é bonito a gente ter estes gestos concretos e ninguém é tão pobre que não possa partilhar nada e ninguém é tão rico que não possa receber nada neste momento, então também na nossa pobreza a gente está doando pra Moçambique. A gente pede assim nessa benção que Nossa Senhora  ampare o nosso Rio Grande do Sul o proteja e o console e que Nossa Senhora também  estenda seu manto sobre toda humanidade, pois a mensagem de Caravaggio ela é muito atual  como foi na época em que ela apareceu a Joaneta em 1432,  paz na sociedade, unidade da Igreja e conversão dos corações. Pela intercessão da bem-aventurada Virgem Maria Nossa Senhora de Caravaggio abençoe-vos Deus Pai todo poderoso Pai, Filho e Espirito Santo. Amém!
Nossa Senhora de Caravaggio, rogai por nós
Fonte de Misericórdia, rogai por nós
Entrevista na íntegra:

Confira o que você precisa saber:
HORÁRIO DE MISSAS
As missas, no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em todos os dias de festa ocorrem às 6h, 7h, 8h, 9h, 10h30, 12h, 13h, 15h, 16h e 17h. Às 14h, é realizada a recitação do terço e adoração ao Santíssimo Sacramento. A celebração das 10h30min é campal, seguida de procissão com a imagem de Nossa Senhora de Caravaggio.
Dia 25 de maio (Sábado): Missas: 6h, 7h, 8h, 9h, 10:30h, 12h, 13h, 15h, 16h e 17h Terço: 14h
Dia 26 de maio (Domingo): Missas: 6h, 7h, 8h, 9h, 10:30h, 12h, 13h, 15h, 16h e 17h Terço: 14h
CONFISSÕES
Durante os dois dias de romaria, haverá confissão individual, realizada pelos sacerdotes, no Santuário Antigo e nos confessionários do Santuário Novo.
PEDIDOS DE ORAÇÃO
Dentro do Santuário Antigo e na secretaria
PONTO DE COLETA DE DONATIVOS
Junto ao altar do Novo Santuário
BENFEITORES DE CARAVAGGIO
Benfeitores de Caravaggio é um projeto de evangelização que nasce da sua generosidade. Para se tornar um Benfeitor do Santuário, você precisa preencher o formulário de cadastro e colocá-lo na urna que se encontra dentro do Santuário de Caravaggio ou de forma online no site do Santuário. Faz Bem, fazer o bem! Toda a obra é feita com recursos arrecadados pela comunidade. Quem desejar contribuir com as obras de conservação do Santuário de Caravaggio pode comprar o Manual do Devoto nas lojas de artigos religiosos do santuário ou ainda ofertar qualquer valor durante as missas.
TRANSMISSÕES E COBERTURA
•             Santuário de Caravaggio: Todas as celebrações dos dois dias de festa serão transmitidas ao vivo pela página do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio no Facebook e YouTube, Instagram, Rádio Web e a Rádio Comunitária Caravaggio FM.
•             Rádio Miriam Caravaggio: A emissora fará a cobertura completa da festa. É possível acompanhar pela frequência 95.7 FM, pelo site ou pelo aplicativo Rádio Miriam Caravaggio. Todos os detalhes e serviços da festa serão divulgados, também, pelas redes sociais da emissora.
•             TV Canção Nova: A TV transmitirá regionalmente o tríduo nos dias 23, 24 e 25, transmissão para a Canção Nova Rio Grande do Sul. No dia 26, a missa das 17h, diretamente do Santuário de Caravaggio para todo país e para Portugal. Outros meios de comunicação também estarão transmitindo a programação da 145ª Romaria ao Santuário de Caravaggio.
•             TV Serra: A TV transmitirá nos dias 25 e 26, às 10h30min e 17h. Transmissão nos canais 26 e 526 da NET / Claro região cobertura Farroupilha e também no Facebook TV SERRA Farroupilha e Canal do Youtube da TV SERRA Farroupilha.

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O Papa: muitos conflitos abertos, não ceder à lógica das armas

Francisco divulgou uma carta por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma a Maria Salus Populi Romani durante a fúria da II Guerra Mundial. O Pontífice pede que o aniversário seja uma oportunidade para “meditar em torno do terrível flagelo da guerra”. Olhando para a Ucrânia, Oriente Médio, Sudão e Mianmar, exorta a ouvir os “gritos de terror e de sofrimento” que questionam a consciência de todos e a “trabalhar pela paz na Europa e no mundo”.
Mariangela Jaguraba- Vatican News
O Papa Francisco enviou uma carta ao vice-gerente da Diocese de Roma, dom Baldassarre Reina, por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma ao ícone de Nossa Senhora conhecido como “Salus Populi Romani” durante a II Guerra Mundial.
O Pontífice une-se espiritualmente a toda a comunidade diocesana que celebra pela primeira vez a memória litúrgica da Salus Populi Romani, e recorda o voto que o povo de Roma e seu Pastor, Papa Pio XII, fez a Nossa Senhora em 4 de junho de 1944 para implorar a salvação da cidade, quando o confronto direto entre o exército alemão e os aliados anglo-americanos estava prestes a acontecer”, escreve o Papa no texto.
“A devoção ao antigo ícone conservado na Basílica de Santa Maria Maior está viva há séculos no coração dos romanos, que recorriam a ele para fazer súplicas e invocações, especialmente durante pragas, desastres naturais e guerras”, escreve ainda Francisco. “Os eventos marcantes da vida religiosa e civil de Roma eram registrados em frente a essa imagem. Portanto, não é de surpreender que o povo romano desejou confiar-se mais uma vez a Maria Salus Populi Romani enquanto a Urbe vivia o pesadelo da devastação nazista”, ressalta ainda o Papa.

Pio XII com os cidadãos romanos após o bombardeio do bairro de São Lourenço

Não ceder à lógica das armas
De acordo com Francisco, “oitenta anos depois, a lembrança desse acontecimento tão cheio de significado quer ser uma ocasião para rezar por aqueles que perderam a vida na II Guerra Mundial e para fazer uma meditação renovada sobre o tremendo flagelo da guerra”.
Muitos conflitos em diferentes partes do mundo ainda estão abertos hoje. Penso em particular na martirizada Ucrânia, na Palestina e Israel, no Sudão e Mianmar, onde as armas ainda fazem barulho e mais sangue humano continua sendo derramado.

“Esses são dramas que afetam inúmeras vítimas inocentes, cujos gritos de terror e sofrimento questionam a consciência de todos: não podemos e não devemos ceder à lógica das armas!”

O apelo de Paulo VI à ONU
O Pontífice recorda que “vinte anos após o fim da II Guerra Mundial, em 1965, o Papa São Paulo VI, falando na ONU, perguntou: ‘Será que o mundo chegará a mudar a mentalidade particularista e bélica que até agora teceu grande parte de sua história?'” Segundo Francisco, “essa pergunta, que ainda aguarda uma resposta, estimula todos a trabalhar concretamente pela paz na Europa e em todo o mundo”.

“A paz é um dom de Deus que também deve encontrar hoje corações dispostos a acolhê-lo e trabalhar para serem construtores da reconciliação e testemunhas da esperança.”

Ser construtor de paz
Francisco espera “que as iniciativas promovidas para comemorar o voto popular à Mãe de Deus, nos quatro lugares que foram protagonistas daquele acontecimento, possam reavivar nos romanos a intenção de serem construtores de uma verdadeira paz em todos os lugares, relançando a fraternidade como condição essencial para recompor conflitos e hostilidade”. “Pode ser construtor de paz”, ressalta o Papa, “quem a possui dentro de si e, com coragem e mansidão, se compromete em criar vínculos, em estabelecer relações entre as pessoas, em apaziguar as tensões na família, no trabalho, na escola, entre os amigos”.
O Pontífice conclui a carta, pedindo a Nossa Senhora Medianeira para que “obtenha para toda a humanidade o dom da concórdia e da paz” e confia “todos os habitantes de Roma, especialmente os idosos, os doentes, as pessoas sozinhas e em dificuldade, à intercessão materna da Salus Populi Romani”.

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Indonésia. Ilha de Flores ainda é uma “terra prometida” de vocações

“Em junho e julho estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”, conta Pe. Galvani
Vatican News

 

Em 1924 os vigários e prefeitos apostólicos encontraram-se pela primeira vez, para definir uma orientação comum sobre diversas questões da vida da Igreja e sobre a relação com as …

“Nesta época de final de ano letivo, estamos obtendo bons resultados vocacionais. Nós, Camilianos, tentamos nos manter em forma tanto quanto possível com muitas pequenas coisas boas para fazer, não apenas no campo vocacional, mas também com nossas iniciativas sociais e de caridade.”
É o que conta à agência missionária Fides o padre Luigi Galvani, pioneiro na Diocese de Maumere, na Indonésia, onde os Missionários Camilianos estão presentes em três dioceses com 4 seminários, dois centros sociais onde coordenam um programa de nutrição para 160 crianças pobres, apoio à distância para cerca de 20 estudantes merecedores, um projeto de “casas especiais” para libertar os doentes mentais de situações de opressão e, por fim, um modesto projeto de produção de água mineral e do sorvete “São Camilo”.
Ordenações diaconais entre os vários institutos missionários
“Em junho e julho – explica ele – estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”.
A mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio

Em algumas áreas do país, que o Papa visitará em setembro, membros do clero local e de ordens religiosas masculinas e femininas moram por alguns dias em famílias católicas, …

“Nos próximos meses, haverá também as profissões religiosas de numerosos noviços e noviças dos vários institutos masculinos e femininos presentes na Diocese de Maumere, que, no momento, atingiram o número de 62 comunidades religiosas”.
“Todos esses resultados vocacionais encorajadores – conclui o missionário – certamente recompensam o empenho dos vários promotores, mas também são um testemunho da fé e do espírito missionário de centenas e centenas de famílias na ilha de Flores, que continua sendo a mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio. Talvez seja também por isso que Flores é chamada de “terra prometida” de vocações.
(com Fides)

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África Central, quando uma Porta Santa se abriu para o mundo

O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2015, foi aberto em um lugar sem precedentes, longe do coração cristão do mundo, a Basílica de São Pedro, mas dentro do coração do Papa Francisco, em Bangui. O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo da capital da África Central, revive aquele dia memorável e o significado benéfico que a visita do Pontífice produziu ao longo do tempo.
Maria Milvia Morciano e Jean Charles Putzolu – Vatican News
É tarde e a noite se prepara lentamente para chegar, tingindo o céu de rosa e dourado. A porta da Catedral de Notre-Dame em Bangui se abre, empurrada por duas mãos firmes. A figura de Francisco está de pé, vigorosa. Muitos anos se passaram desde aquele 29 de novembro de 2015, o primeiro dia do Advento e a data de início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que foi inaugurado, antecipadamente, em um lugar igualmente extraordinário, na capital da África Central. Pela primeira vez na história, a abertura da Porta Santa não se realiza na Basílica de São Pedro, no túmulo do Apóstolo, no centro do mundo cristão, mas em um lugar remoto, para muitos desconhecido.
Capital espiritual
A África Central é um dos países mais sangrentos e divididos do mundo. O Papa o escolheu justamente por esse motivo, para levar misericórdia e uma mensagem de paz a uma “terra que está sofrendo há vários anos com a guerra e o ódio, a incompreensão e a falta de paz. Mas nessa terra sofrida há também todos os países que estão passando através da cruz da guerra. Bangui se torna a capital espiritual da oração pela misericórdia do Pai. Todos nós pedimos paz, misericórdia, reconciliação, perdão, amor. Por Bangui, por toda a República Centro-Africana, por todo o mundo, pelos países que estão sofrendo com a guerra, pedimos paz!”, disse o Papa na praça da igreja, depois de sair de um papamóvel, desprovido de qualquer proteção contra possíveis perigos, onde o imã também concordou em se sentar.
Um gesto universal compreendido por todos
Uma tradição antiga é transferida para um país jovem. O significado de abrir a Porta Santa e cruzar o limiar está enraizado em um simbolismo ancestral que, em Bangui, se ramifica e dá novos frutos. Ele está revestido de futuro. O gesto do Papa Francisco foi revolucionário porque, em um lugar fechado, cheio de barreiras, ele abre uma porta para a esperança, convida as pessoas a entrarem para encontrar misericórdia e paz, para encontrar Cristo e serem transformadas. Ele traduz de forma cristã uma metáfora compreensível para todos, em qualquer lugar do mundo, de qualquer tradição, religião, experiência e história. Todos entendem que se trata de um rito de passagem fundamental e sagrado.
A linha de fronteira, o limes latim, ponto final, fechamento, é transformada em limen, limiar, abertura. Talvez não seja coincidência o fato de duas palavras opostas conterem a mesma raiz, mas é interessante lembrar o fato de que, na linguagem eclesiástica, a “visitatio ad limina apostolorum” é a visita dos peregrinos aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, que remonta aos primeiros séculos da Igreja, mais tarde estendida aos bispos. Tudo fala de Jubileu.
Portas Santas em toda parte
Naquele ano de Misericórdia, muitas Portas Santas foram abertas em todo o mundo, quase um sistema solar composto por milhares de estrelas brilhantes espalhadas pela Terra, mesmo nos lugares mais remotos. Foi uma grande oportunidade, um presente dado a todos, mesmo àqueles que, por vários motivos, não podiam se locomover e viajar. Foi um jubileu extraordinário que pôde ser vivenciado em todas as igrejas locais, permitindo que aqueles que quisessem vivenciar plenamente o evento, fazer a peregrinação e atravessar a Porta da Misericórdia em sua própria diocese.
Uma esperança que vem de Roma
O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo de Bangui, é um dos intérpretes nodais de seu país. Sua história é de fé e de uma árdua “luta pela paz”, lembrando o título de seu livro na versão italiana, publicado pela Livraria Editora Vaticana em 2022. O cardeal centro-africano compartilhou com a mídia vaticana, aos microfones de Jean Charles Putzolu, a memória daqueles dias e as consequências benéficas da visita do Papa à África Central.
Gostaria de levá-los de volta ao dia 29 de novembro de 2015, o primeiro domingo do Advento, quando o Papa Francisco abriu a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia. Foi em Bangui, na República Centro-Africana, portanto, em seu país: uma tradição muito antiga chegando a um país jovem. Em sua opinião, qual foi o significado desse gesto para todos os centro-africanos?
É um gesto único na história não apenas da Igreja universal, mas também da nossa Igreja.
Porque nós, centro-africanos, diante da violência, do sofrimento e da morte, encontrando-nos vivendo em um estado de absurdo, sentimos a esperança que veio de Roma por meio do homem de Deus, o Papa, que veio para aplacar, para trazer paz, tranquilidade e perdão, para trazer reconciliação, convidando nós, centro-africanos, a abrir as portas de nossos corações, cheios de ódio, rancor e vingança, para que pudéssemos nos enfrentar. É por isso que ele mesmo disse para depormos nossas armas: “leve a justiça, leve o amor”. Acredito que seu gesto será sempre lembrado aqui na República Centro-Africana. Muçulmanos, protestantes, católicos, todos nós somos unânimes em dizer que sua chegada foi salutar.
E o Papa de fato chegou. Ela se lembrou dessa mensagem, desse chamado para depor as armas. Havia uma enorme tensão até quase dois dias antes de sua chegada a Bangui. Houve mais tensão desde então? Essa mensagem foi ouvida? A mensagem do Papa foi ouvida e atendida? As armas ficaram em silêncio?
Acho que a mensagem foi ouvida. Passamos seis meses desde a partida do Papa como se estivéssemos em um país normal, algo impensável até dois dias antes de sua chegada. Sua chegada aliviou a pressão. Vimos muçulmanos saindo de seus enclaves para se juntarem a seus irmãos e irmãs católicos no estádio, para participar da grande celebração. As pessoas iam e vinham. O Km 5 [marco 5] era considerado um local onde havia muitas armas e, portanto, não se podia entrar. Mas fui até lá com os cristãos para acompanhar o Papa, dizendo aos muçulmanos: “vamos caminhar juntos!”
O Papa veio de Roma para a República Centro-Africana, os cristãos de Bangui deixaram nossos bairros para ir ao encontro de nossos irmãos, caminhando pela paz. Bem, nós marchamos e continuamos a fazê-lo desde aquele dia. Um líder rebelde nos disse que deveríamos conversar sobre espiritualidade com os imãs. Os imãs organizaram uma grande reunião para pedir aos líderes rebeldes que depusessem suas armas e muita coisa mudou desde então. Isso também foi resultado da visita do Papa.
Os imãs realizaram um grande encontro para pedir aos líderes rebeldes que deponham as armas e isso mudou muito. Esse também foi o resultado da visita do Papa, que nos deu um empurrão, nos fez recomeçar e agora estamos vendo os resultados. Hoje as armas não circulam mais como antes.
Em sua opinião, quais foram os outros frutos desse evento?
Foram os encontros entre jovens muçulmanos e jovens cristãos. Encontros bastante regulares entre mulheres muçulmanas e mulheres cristãs, e entre nós, líderes. Há pouco tempo, em março, uma mesquita a 250 quilômetros daqui foi vandalizada. O imã, o pastor protestante e eu falamos ao coração de nossos fiéis para desarmá-los e convidá-los a cooperar, respeitar, valorizar e respeitar o local. Esse, em minha opinião, é o fruto dessa passagem. Agora também pedimos que a justiça seja feita. Isso significa que aqueles que perderam suas casas devem poder recuperá-las, o que significa que aqueles que moram na casa do vizinho há muito tempo devem ter a gentileza de sair. E nós, líderes religiosos, trabalhamos com o coração. Há alguns que saem para deixar a casa para os proprietários sem passar pelos tribunais ou pelo Estado. Portanto, acho que isso também é proveitoso. Agora os corações estão dispostos e podemos conversar, podemos imaginar um futuro comum.
Quando o senhor diz que eles saem de casa, é porque eles realmente a devolvem ao seu legítimo proprietário, certo?
Exatamente isso.
Em um nível mais pessoal, Vossa Eminência, quais são suas lembranças mais fortes e talvez mais vívidas daquele período?
A lembrança mais vívida é a de entrar no quilômetro 5 dois dias antes: era impossível atravessar o posto de controle. Eu estava lá. Vi com meus próprios olhos: o Papa escolheu ir em um veículo não blindado, mas em campo aberto. Todos sabiam que havia muitas armas no local. Francisco teve a coragem de ir até lá e vimos que o imã também concordou em ir no papamóvel. Essa é a imagem mais forte. Quando saí para ir ao estádio, vi muçulmanos saindo em massa, arriscando suas vidas. Foi sua fé que os levou a sair. Um imã nos disse: ‘O Papa não veio para vocês, cristãos, mas para nós, muçulmanos. Estávamos no enclave, estávamos na escravidão. Ele nos libertou!”
Eminência, uma última pergunta: o senhor se tornou inseparável do Imã… entre cristãos e muçulmanos e também com os protestantes. Vocês realizam iniciativas juntos quase diariamente. Esse é outro fruto. É claro que é o resultado de seu trabalho, mas também é o resultado da visita do Papa…
A visita do papa nos confortou, incentivou e apoiou nesse trabalho. E fomos nós três que pedimos a ele que viesse à República Centro-Africana. Acho que todos nós somos gratos a ele. Esse é o fruto de sua passagem.
O Jubileu de 2025. Como estão se preparando para ele?
O Jubileu de 2025 é um momento importante para a Igreja. Bem, já estão sendo criados grupos aqui para refletir, orar, reunir-se e também para ver como, localmente, viveremos esse momento. Este ano celebraremos 130 anos de evangelização na República Centro-Africana e, ao mesmo tempo, estaremos caminhando para 2025, que está logo ali, e estamos trabalhando em ambos. Portanto, acho que há muito entusiasmo. Eu estava com um grupo de jovens que se encontrava na igreja em massa e dissemos uns aos outros: este é um momento importante porque é um momento de graça, mas também é um momento complicado e elevado. Não podemos deixar passar esse momento favorável.

O cardeal Dieudonné Nzapalainga

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