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Baltasar Lopes – um contributo único para a Caboverdianidade

Há 35 anos, falecia Baltasar Lopes da Silva, pilar da literatura cabo-verdiana, cofundador do Movimento Claridoso, advogado e estudioso da língua de Cabo Verde. A sua obra mais conhecida é “Chiquinho”, traduzida em várias línguas e em que retrata, de forma estética e crítica, a sociedade cabo-verdiana do século XX, marcada por uma cultura própria, mas também pelo drama da fome e da emigração, como sublinham Filinto Elísio, Vincenzo Barca e Jairzinho Lopes Pereira, interpelados para o homenagear.
Dulce Araújo – Vatican News
O programa “África em Clave Cultural: personagens e eventos” quis, esta semana, homenagear Baltasar Lopes, figura imprescindível da história socio-literária cabo-verdiana do século XX. Para essa homenagem revelam-se de grande importância a elucidativa crónica do poeta, ensaísta e cofundador da Rosa de Porcelana Editora, Filinto Elísio, assim como as considerações de dois conhecedores e apreciadores do romance “Chiquinho”:
– Vincenzo Barca, italiano, médico-psiquiatra, formado também em Línguas e Literaturas Estrangeiras, sobretudo a língua portuguesa, e que em 2008 traduziu “Chiquinho” para o italiano pelas Edições Lavoro, acompanhando-a de uma ampla introdução sobre o contexto histórico-social em que a obra surgiu. Na emissão, este psiquiatra aposentado e que já traduziu nada menos que uns 60 livros do português para o italiano, fala das razões que o levaram a traduzir “Chiquinho” e de como ultrapassou as dificuldades ligadas à natureza e linguagem da obra.

O psiquiatra e tradutor, Vicenzo Barca

– Jairzinho Lopes Pereira, cabo-verdiano, teólogo e historiador, prefaciou e fez a revisão gráfica da mais recente edição de “Chiquinho” que, em 2021, a Biblioteca Nacional de Cabo Verde mandou imprimir no âmbito de um projeto de publicação dos clássicos da literatura cabo-verdiana esgotados no mercado. Tarefa que ele desempenhou com gosto pelo apreço e admiração que tem por essa obra e pelo seu autor – explica. Revela igualmente os critérios que adotou para a revisão gráfica. E como historiador, não foge à pergunta sobre a eventual importância de “Chiquinho” para quem estuda a História de Cabo Verde.

O teólogo e historiador, Jairzinho Lopes Pereira

Para saber mais, ouça aqui a emissão

 

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