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A Segunda Pregação da Quaresma do cardeal Cantalamessa

“O espírito do mundo age de modo análogo. Penetra em nós por mil e um canais, como o ar que respiramos, e, uma vez dentro, muda os nossos modelos operacionais: ao modelo “Cristo”, entra no lugar o modelo “mundo”. O mundo também tem a sua “trindade”, os seus três deuses, ou ídolos para se adorar: prazer, poder, dinheiro. Todos depreciamos os desastres que eles provocam na sociedade, mas estamos certos de que, em nossa pequenez, nós mesmos não somos completamente imunes a eles?”
Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap“EU SOU A LUZ DO MUNDO”Segunda Pregação da Quaresma de 2024
Nestas pregações de Quaresma, propomo-nos a meditar sobre os grandes “Eu Sou” (Ego eimi) pronunciados por Jesus no Evangelho de João. Há, porém, uma pergunta que se põe, a propósito deles: foram realmente pronunciados por Jesus, ou são devidos à reflexão posterior do Evangelista, como tantas partes do Quarto Evangelho? A resposta que hoje praticamente todos os exegetas dariam a esta pergunta é a segunda. Estou convencido, porém, de que tais afirmações são “de Jesus”, e procuro explicar porque.
Há uma verdade histórica e uma verdade que podemos chamar de real ou ontológica. Tomemos um desses “Eu Sou” de Jesus, por exemplo, o que diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Se, por alguma improvável nova descoberta, se viesse a conhecer que a frase foi, de fato e historicamente, pronunciada pelo Jesus terreno, não é isto que a tornaria “verdadeira”. Pode-se sempre pensar, de fato, que quem a pronuncia seja um iludido e se engane! (Muitos acreditaram ser a luz do mundo antes e depois dele!). O que a torna “verdadeira” é o fato de que – na realidade e acima de toda contingência histórica – ele é o caminho, a verdade e a vida.
Neste sentido mais profundo e mais importante, todas e cada uma das afirmações que Jesus faz no Evangelho de João são “verdadeiras”, também aquela em que diz: “Antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8,58). A definição clássica de verdade é “correspondência entre a coisa e a ideia que se tem dela” (adaequatio rei et intellectus); a verdade revelada é correspondência entre a realidade e a palavra inspirada que a proclama. As grandes palavras que meditaremos são, portanto, de Jesus: não do Jesus histórico, mas do Jesus que – como tinha prometido aos discípulos (Jo 16,12-15) – nos fala com a autoridade do Ressuscitado, mediante o seu Espírito.
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Da sinagoga de Cafarnaum na Galileia, passemos hoje ao templo de Jerusalém, na Judeia, onde Jesus se dirigiu por ocasião da festa das Tendas. Aqui se desenvolve o debate com “os judeus”, no qual está inserida a autoproclamação de Jesus, que, nesta meditação, queremos acolher:
Eu sou a luz do mundo.Quem me segue, não caminha na escuridão,mas terá a luz da vida (Jo 8,12).
Esta palavra é tão impregnante e tão bela, que os cristãos, de imediato, escolheram-na como uma das designações preferidas de Cristo. em muitas basílicas antigas – como nas catedrais de Cefalù e de Monreale, na Sicília – no mosaico da ábside, Jesus é representado como o Pantocrator, ou Senhor do universo. Segura um livro aberto diante de si e mostra a página onde estão escritas, em grego e latim, justamente aquelas palavras: “Egô eimi to phôs tou cosmou – Ego sum lux mundi”.
Para nós, hoje, Jesus “luz do mundo” se tornou uma verdade acreditada e proclamada, mas houve um tempo em que ela não era somente isso; era uma experiência vivida, como nos acontece às vezes, quando, após um blackout, a luz volta improvisamente, ou quando, pela manhã, ao abrir a janela, somos inundados da luz do dia. A Primeira Carta de Pedro o define um passar “das trevas para a sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9; Col 1,12ss). Evocando o momento da sua conversão e do seu batismo, Tertuliano o descreve com a imagem da criança que sai do útero escuro da mãe e se assusta ao contato com o ar e com a luz. “Saindo – escreve – do ventre comum de uma mesma ignorância, [nós, cristãos,] sobressaltamos à luz da verdade”: ad lucem expa­vescentes véritatis”[1].
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Pomo-nos imediatamente a pergunta: o que significa para nós, aqui e agora, aquela palavra de Jesus: “Eu sou a luz do mundo”? A expressão “luz do mundo” tem dois significados fundamentais. O primeiro significado é que Jesus é a luz do mundo, pois a sua é a suprema e definitiva revelação de Deus à humanidade. Afirma-o de modo mais claro e em tom solene o início da Carta aos Hebreus:
Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou outrora aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo (Hb 1,1-2).
A novidade consiste no fato único e irrepetível que o revelador é, ele próprio, a revelação! “Eu sou a luz”, não eu trago a luz ao mundo. Os profetas falavam em terceira pessoa: “Assis diz o Senhor!”, Jesus fala em primeira pessoa: “Eu vos digo!”. Em 1964, Marshall McLuhan lançou o famoso slogan: “O meio é a mensagem”, significando com isto que o meio pelo qual uma mensagem é difundida condiciona a própria mensagem. Este ditado se aplica única e transcendentemente a Cristo. Nele o meio de transmissão é verdadeiramente a mensagem; o próprio mensageiro é a mensagem!
Este, eu dizia, é o primeiro significado da expressão “luz do mundo”. O segundo significado é que Jesus é a luz do mundo dado que lança luz sobre o mundo, isto é, revela o mundo a si mesmo; faz ver cada coisa na sua verdade, pelo que é diante de Deus. Reflitamos sobre cada um dos dois significados, partindo do primeiro, isto é, de Jesus como suprema revelação da verdade de Deus.
Razão e fé
 
Deste ponto de vista, a luz que é Cristo tem desde sempre um concorrente aguerrido: a razão humana. Falamos disso não com intuito polêmico ou apologético, ou seja, para saber o que responder aos adversários da fé (eu faltaria com meu propósito inicial), mas para nós mesmos nos confirmarmos na fé.
Os debates sobre fé e razão – mais exatamente, seria dizer sobre razão e revelação – são anulados, a meu ver, por uma radical assimetria. O fiel compartilha com o ateu a razão; o ateu não compartilha com fiel a fé na revelação. O fiel fala a língua do interlocutor ateu; este não fala a língua do homólogo fiel.
Justamente por isso, o debate mais convincente sobre o tema “fé e razão” é aquele que acontece na mesma pessoa, entre a sua fé e a sua razão. Temos exemplo célebres na história do pensamento humano, em homens nos quais não se pode pôr em dúvida uma idêntica paixão tanto pela fé quanto pela razão: Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino, Blaise Pascal, Søren Kierkegaard, John Newman, aos quais poderíamos acrescentar, com plena razão, João Paulo II, Bento XVI… A conclusão a que chegou cada um deles é que o ato supremo da razão é reconhecer que há algo que a supera. Este é também o ato que mais honra a razão porque indica a sua capacidade de transcender a si mesma. A fé não se opõe à razão, mas supõe a razão, exatamente como “a graça supõe a natureza”[2].
Há também um outro equívoco a ser esclarecido a respeito do diálogo entre fé e razão. A crítica de fundo dirigida ao fiel é que ele não pode ser objetivo, a partir do momento em que a sua fé lhe impõe, em princípio, a conclusão à qual chegar, e constitui, por isso, uma pré-compreensão e um pré-juízo. Não se leva em conta que o mesmo “pré-juízo” age, em sentido oposto, também no cientista ou filósofo não crente, e de modo bem mais radical. Se ele dá por certo que Deus não existe, que não o sobrenatural e que não é possível o milagre, também a sua conclusão não poderá ser senão uma, e já dada em princípio.
Eis um exemplo entre muitos. Em base à visão que tinha da realidade, poderia Freud admitir que o “amor universal” de Francisco de Assis tivesse um componente sobrenatural, chamado graça? Certamente não, e, de fato, ele faz disso uma “derivação do amor genital”. Francisco de Assis, escreve ele, “é aquele que foi mais longe ao utilizar o amor em vantagem do seu sentimento interior de felicidade”[3]. Em outras palavras, amava Deus, os homens, toda a criação e, de modo especialíssimo, Jesus Crucificado, porque isto o gratificava, o fazia estar bem!
O homem moderno, no lugar da verdade, põe como valor supremo a busca da verdade. Lessing escreveu: “Se Deus tivesse segurado toda a verdade na sua direita, e na sua esquerda apenas a aspiração sempre viva à verdade, ainda que na condição de estar eternamente no erro, e me dissesse: ‘Escolhe!’, inclinar-me-ia humildemente à esquerda dizendo: ‘Esta, Pai! A pura verdade pertence só a ti’”[4].
O motivo disso é simples. Enquanto se está em fase de busca, é ele, o homem, aquele quem conduz o jogo, o protagonista, enquanto que ao lado da Verdade reconhecida como tal, não tem mais escape e deve prestar “a obediência da fé”. A fé põe o absoluto, enquanto a razão gostaria de prosseguir indefinidamente a discussão. Como a bela Sherazade de As mil e uma noites, a razão humana tem sempre uma nova história para contar, para retardar a própria rendição.
Há somente duas possíveis resoluções para a tensão entre fé e razão: ou restringir a fé “dentro dos limites da pura razão”, como se propunha o filósofo Kant, ou infringir os limites da pura razão para vagar por um horizonte sem limites. Um pouco como o Ulisses dantesco que, tendo chegado às colunas de Hércules, consideradas então o limite terra, decide não se deter, mas fazer “dos remos asas na empresa ousada”[5].
Devo, contudo, ser coerente com a promessa feita no início. O discurso sobre fé e razão, antes de ser um debate entre “nós e eles”, entre fiéis e não fiéis, deve ser um debate “entre nós e nós”, isto é, entre os próprios fiéis. A pior espécie de racionalismo, de fato, não é aquele externo, mas o interno. São Paulo escrevia aos Coríntios:
Também a minha palavra e a minha pregação não se apoiavam na persuasão da sabedoria, mas na manifestação do Espírito e do poder, para que a vossa fé se fundamentasse não na sabedoria humana mas no poder de Deus (1Cor 2,4-5).
E ainda:
Pois as armas do nosso combate não são carnais. São armas poderosas aos olhos de Deus, capazes de derrubar fortalezas, destruir sofismas e todo orgulho intelectual que se levanta contra o conhecimento de Deus e capazes de subjugar todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo (2Cor 10,3-5).
Frequentemente se tem verificado, infelizmente, o que o Apóstolo temia. A teologia, especialmente no Ocidente, tem sempre mais se afastado do poder do Espírito, para favorecer a sabedoria humana. O racionalismo moderno tem pretendido que o cristianismo apresentasse a sua mensagem de modo dialético, submetendo-o, ou seja, em tudo e por tudo, à busca e à discussão, de modo que ele pudesse se colocar no quadro geral – aceitável também filosoficamente – de um esforço comum e sempre provisório de autocompreensão do homem e do universo. Assim fazendo, porém, o anúncio de salvação sobre Cristo morto e ressuscitado era subjugado a uma diversa e suposta instância superior. Não era mais um querigma, mas somente uma hipótese.
O perigo inerente neste modo de fazer teologia é que Deus se torna objetivado. Torna-se um objeto do qual se fala, não um sujeito com o qual – ou na presença do qual – se fala. Um “ele” – ou, pior, um isso –, jamais um “tu”. É o contragolpe de se ter feito da teologia uma “ciência”. O primeiro dever de quem faz ciência é ser neutral diante do objeto da própria pesquisa; mas podemos ser neutrais quando se trata de Deus? Foi este o motivo principal que me induziu, a uma certa altura da vida, a abandonar o ensinamento acadêmico da teologia, para me dedicar, em tempo integral, à pregação. A consequência daquele modo de fazer teologia, de fato, é que ela se torna sempre mais um diálogo com a elite acadêmica do momento, e sempre menos um nutrimento para a fé do povo de Deus.
Desta situação, só se sai acompanhando o estudo com a oração, falando a Deus, não falando sempre e só de Deus. Santo Agostinho realizou a sua teologia mais duradoura falando com Deus nas Confissões. “Se és teólogo, rezarás realmente, e se rezas realmente, serás teólogo”, dizia um antigo Padre do deserto[6]. Ajuda também a contemplação e a imitação da Mãe de Deus. Em sua vida terrena, ela não teve nada a ver com ideias abstratas sobre Deus e sobre seu filho Jesus, mas só com suas vivas realidades.
A fé e o mundo
 
Acenei acima a um segundo significado da expressão “luz do mundo”, e é a ele que gostaria de dedicar a última parte da minha reflexão, também porque é aquela que nos diz respeito mais de perto. Trata-se, eu dizia, do significado, por assim dizer, instrumental, em que Jesus é luz do mundo: ou seja, dado que lança luz sobre todas as coisas; em relação ao mundo, faz o que faz o sol em relação à terra. O sol não ilumina e não revela a si mesmo, mas ilumina todas as coisas que estão sobre a terra e deixa ver cada coisa sob a justa luz.
Também neste segundo sentido, Jesus e o seu Evangelho têm um concorrente que é o mais perigoso de todos, sendo um concorrente interno, um inimigo dentro de casa. A expressão “luz do mundo” muda completamente de significado conforme se toma a expressão “do mundo” como genitivo objetivo, ou como genitivo subjetivo; ou seja, dependendo se o mundo for o objeto iluminado ou, ao invés, o sujeito que ilumina. Neste segundo caso, não é o Evangelho, mas o mundo que deixa ver todas as coisas à própria luz. O Evangelista João exortava os seus discípulos com estas palavras:
Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – o desejo da carne, o desejo dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo (1Jo 2,15-16).
O perigo de conformar-se a este mundo – a mundanização – é o equivalente, no âmbito religioso e espiritual, ao que, no âmbito social, chamamos de secularização. Ninguém (eu, menos do que todos) pode dizer que este perigo não paira também sobre ele ou ela. Um dito atribuído a Jesus em um antigo escrito não canônico afirma: “Se não jejuardes do mundo, não descobrireis o reino de Deus”[7]. Eis o jejum mais necessário hoje do que todos: jejuar do mundo, nesteuein tô kosmô, segundo o dito citado!
O mundo de que falamos e ao qual não devemos nos conformar não é o mundo criado e amado por Deus, não são os homens do mundo, dos quais, ao invés, devemos sempre ir ao encontro, especialmente os pobres, os últimos, os sofredores. O “misturar-se” com este mundo do sofrimento e da marginalização é, paradoxalmente, o melhor modo de “separar-se” do mundo, pois é ir lá, donde o mundo refulge com todas as suas forças. É separar-se do próprio princípio que rege o mundo, que é o egoísmo.
Antes do que nas obras, a mudança deve ocorrer no modo de pensar. São Paulo exortava os cristãos de Roma com as palavras:
Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos,pela renovação da mente,para que possais distinguir o que é da vontade de Deus,o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito (Rm 12,2).
Na origem da mundanização, há muitas causas, mas a principal é a crise de fé. É a fé o terreno de choque primário entre o cristão e o mundo. É pela fé que o cristão não é mais “do” mundo. Entendido em sentido moral, o “mundo” é tudo o que se opõe à fé. “Pois todo o que foi gerado de Deus vence o mundo”, escreve João na Primeira Carta, “a nossa fé” (1Jo 5,4). Na Carta aos Efésios, a este respeito, há uma palavra sobre a qual vale a pena nos determos um pouco mais. Diz:
E vós estáveis mortos por causa de vossas transgressões e pecados, nos quais andastes outrora, seguindo o Mentor deste mundo, seguindo o Chefe das potências dos ares, o espírito que atualmente está agindo nos rebeldes (Ef 2,1-2).
O exegeta Heinrich Schlier fez uma análise penetrante deste “espírito do mundo”, considerado por Paulo o antagonista direto do “Espírito que vem de Deus” (1Cor 2,12). Um papel decisivo desempenha nisso a opinião pública. Hoje podemos chamá-lo, em sentido literal, de “espírito que está nos ares”, porque se difunde sobretudo pelos ares, pelos meios de comunicação virtual.
Determina-se – escreve Schlier – um espírito de grande intensidade histórica, ao qual o indivíduo dificilmente consegue se subtrair. Reside no espírito geral, é considerado óbvio. Agir, ou pensar, ou dizer algo contra ele é considerado coisa insensata ou mesmo uma injustiça ou um delito. Então, não se ousa mais pôr-se diante das coisas e das situações e, sobretudo, da vida, de maneira diversa de como ele as apresenta… Sua característica é interpretar o mundo e a existência humana à sua maneira[8].
É o que chamamos de “adaptação ao espírito dos tempos”. A moral da ópera mozartiana “Così fan tutte” (“Assim fazem todas”). Hoje possuímos uma imagem nova para descrever a ação corrosiva do espírito do mundo, o vírus de computador. Pelo pouco que sei, o vírus é um programa malignamente projetado que penetra no computador pelas vias mais insuspeitadas (troca de e-mails, sites da internet…), e, uma vez dentro, confunde ou bloqueia as operações normais, alterando os chamados “sistemas operacionais”.
O espírito do mundo age de modo análogo. Penetra em nós por mil e um canais, como o ar que respiramos, e, uma vez dentro, muda os nossos modelos operacionais: ao modelo “Cristo”, entra no lugar o modelo “mundo”. O mundo também tem a sua “trindade”, os seus três deuses, ou ídolos para se adorar: prazer, poder, dinheiro. Todos depreciamos os desastres que eles provocam na sociedade, mas estamos certos de que, em nossa pequenez, nós mesmos não somos completamente imunes a eles?
A nossa maior consolação, nesta luta com o mundo que está fora de nós e aquele que nos está dentro, é saber que Cristo continua, como ressuscitado, a rezar ao Pai por nós com as palavras com que se despediu dos seus Apóstolos:
Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo… Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo… Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão de crer em mim, pela palavra deles (Jo 17,15-20).__________________________Traduçao Frei Ricardo Farias, ofmcap
[1] Cf. Tertuliano, Apologeticum, 39,9.[2] Cf. Tomás de Aquino, S.Th. I, q.2, a.2, ad 1.[3] Cf. Sigmund Freud, Il disagio della civiltà, IV.[4] Cf. Gotthold Lessing, Eine Duplik, I, in Werke 3, Zrich 1974, p.149.[5] Cf. Dante Alighieri, Inferno, XXVI,125.  [6] Cf. Evágrio do Ponto, De oratione, 60 (PG 79,1180).[7] Cf. Clemente de Alexandria, Stromati, 111, 15; A. Resch, Agrapha, 48 (TU, 30, 1906, p. 68).[8] Cf. H. Schlier, Demoni e spiriti maligni nel Nuovo Testamento, in Riflessioni sul Nuovo Testamento, Paideia, Brescia 1976, pp. 194ss (Ed. original in “Geist und Leben 31 (1958), pp. 173-183).

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O Papa: muitos conflitos abertos, não ceder à lógica das armas

Francisco divulgou uma carta por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma a Maria Salus Populi Romani durante a fúria da II Guerra Mundial. O Pontífice pede que o aniversário seja uma oportunidade para “meditar em torno do terrível flagelo da guerra”. Olhando para a Ucrânia, Oriente Médio, Sudão e Mianmar, exorta a ouvir os “gritos de terror e de sofrimento” que questionam a consciência de todos e a “trabalhar pela paz na Europa e no mundo”.
Mariangela Jaguraba- Vatican News
O Papa Francisco enviou uma carta ao vice-gerente da Diocese de Roma, dom Baldassarre Reina, por ocasião dos 80 anos do voto de Pio XII e da cidade de Roma ao ícone de Nossa Senhora conhecido como “Salus Populi Romani” durante a II Guerra Mundial.
O Pontífice une-se espiritualmente a toda a comunidade diocesana que celebra pela primeira vez a memória litúrgica da Salus Populi Romani, e recorda o voto que o povo de Roma e seu Pastor, Papa Pio XII, fez a Nossa Senhora em 4 de junho de 1944 para implorar a salvação da cidade, quando o confronto direto entre o exército alemão e os aliados anglo-americanos estava prestes a acontecer”, escreve o Papa no texto.
“A devoção ao antigo ícone conservado na Basílica de Santa Maria Maior está viva há séculos no coração dos romanos, que recorriam a ele para fazer súplicas e invocações, especialmente durante pragas, desastres naturais e guerras”, escreve ainda Francisco. “Os eventos marcantes da vida religiosa e civil de Roma eram registrados em frente a essa imagem. Portanto, não é de surpreender que o povo romano desejou confiar-se mais uma vez a Maria Salus Populi Romani enquanto a Urbe vivia o pesadelo da devastação nazista”, ressalta ainda o Papa.

Pio XII com os cidadãos romanos após o bombardeio do bairro de São Lourenço

Não ceder à lógica das armas
De acordo com Francisco, “oitenta anos depois, a lembrança desse acontecimento tão cheio de significado quer ser uma ocasião para rezar por aqueles que perderam a vida na II Guerra Mundial e para fazer uma meditação renovada sobre o tremendo flagelo da guerra”.
Muitos conflitos em diferentes partes do mundo ainda estão abertos hoje. Penso em particular na martirizada Ucrânia, na Palestina e Israel, no Sudão e Mianmar, onde as armas ainda fazem barulho e mais sangue humano continua sendo derramado.

“Esses são dramas que afetam inúmeras vítimas inocentes, cujos gritos de terror e sofrimento questionam a consciência de todos: não podemos e não devemos ceder à lógica das armas!”

O apelo de Paulo VI à ONU
O Pontífice recorda que “vinte anos após o fim da II Guerra Mundial, em 1965, o Papa São Paulo VI, falando na ONU, perguntou: ‘Será que o mundo chegará a mudar a mentalidade particularista e bélica que até agora teceu grande parte de sua história?'” Segundo Francisco, “essa pergunta, que ainda aguarda uma resposta, estimula todos a trabalhar concretamente pela paz na Europa e em todo o mundo”.

“A paz é um dom de Deus que também deve encontrar hoje corações dispostos a acolhê-lo e trabalhar para serem construtores da reconciliação e testemunhas da esperança.”

Ser construtor de paz
Francisco espera “que as iniciativas promovidas para comemorar o voto popular à Mãe de Deus, nos quatro lugares que foram protagonistas daquele acontecimento, possam reavivar nos romanos a intenção de serem construtores de uma verdadeira paz em todos os lugares, relançando a fraternidade como condição essencial para recompor conflitos e hostilidade”. “Pode ser construtor de paz”, ressalta o Papa, “quem a possui dentro de si e, com coragem e mansidão, se compromete em criar vínculos, em estabelecer relações entre as pessoas, em apaziguar as tensões na família, no trabalho, na escola, entre os amigos”.
O Pontífice conclui a carta, pedindo a Nossa Senhora Medianeira para que “obtenha para toda a humanidade o dom da concórdia e da paz” e confia “todos os habitantes de Roma, especialmente os idosos, os doentes, as pessoas sozinhas e em dificuldade, à intercessão materna da Salus Populi Romani”.

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Indonésia. Ilha de Flores ainda é uma “terra prometida” de vocações

“Em junho e julho estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”, conta Pe. Galvani
Vatican News

 

Em 1924 os vigários e prefeitos apostólicos encontraram-se pela primeira vez, para definir uma orientação comum sobre diversas questões da vida da Igreja e sobre a relação com as …

“Nesta época de final de ano letivo, estamos obtendo bons resultados vocacionais. Nós, Camilianos, tentamos nos manter em forma tanto quanto possível com muitas pequenas coisas boas para fazer, não apenas no campo vocacional, mas também com nossas iniciativas sociais e de caridade.”
É o que conta à agência missionária Fides o padre Luigi Galvani, pioneiro na Diocese de Maumere, na Indonésia, onde os Missionários Camilianos estão presentes em três dioceses com 4 seminários, dois centros sociais onde coordenam um programa de nutrição para 160 crianças pobres, apoio à distância para cerca de 20 estudantes merecedores, um projeto de “casas especiais” para libertar os doentes mentais de situações de opressão e, por fim, um modesto projeto de produção de água mineral e do sorvete “São Camilo”.
Ordenações diaconais entre os vários institutos missionários
“Em junho e julho – explica ele – estão programadas várias ordenações diaconais entre os vários institutos missionários. No domingo, 2 de junho, 48 foram ordenados diáconos Verbitas, que serão seguidos por outros 8 diáconos Carmelitas no dia 7 de junho, e 27 interdiocesanos (Dioceses de Maumere, Ende, Ruteng, Larantuka e Denpasar) no domingo, 9 de junho. A esses se seguirão as ordenações de cinco diáconos Camilianos no próximo dia 14 de julho, na festa de nosso fundador, São Camilo de Lellis”.
A mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio

Em algumas áreas do país, que o Papa visitará em setembro, membros do clero local e de ordens religiosas masculinas e femininas moram por alguns dias em famílias católicas, …

“Nos próximos meses, haverá também as profissões religiosas de numerosos noviços e noviças dos vários institutos masculinos e femininos presentes na Diocese de Maumere, que, no momento, atingiram o número de 62 comunidades religiosas”.
“Todos esses resultados vocacionais encorajadores – conclui o missionário – certamente recompensam o empenho dos vários promotores, mas também são um testemunho da fé e do espírito missionário de centenas e centenas de famílias na ilha de Flores, que continua sendo a mais católica das 17.000 ilhas do arquipélago indonésio. Talvez seja também por isso que Flores é chamada de “terra prometida” de vocações.
(com Fides)

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África Central, quando uma Porta Santa se abriu para o mundo

O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2015, foi aberto em um lugar sem precedentes, longe do coração cristão do mundo, a Basílica de São Pedro, mas dentro do coração do Papa Francisco, em Bangui. O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo da capital da África Central, revive aquele dia memorável e o significado benéfico que a visita do Pontífice produziu ao longo do tempo.
Maria Milvia Morciano e Jean Charles Putzolu – Vatican News
É tarde e a noite se prepara lentamente para chegar, tingindo o céu de rosa e dourado. A porta da Catedral de Notre-Dame em Bangui se abre, empurrada por duas mãos firmes. A figura de Francisco está de pé, vigorosa. Muitos anos se passaram desde aquele 29 de novembro de 2015, o primeiro dia do Advento e a data de início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que foi inaugurado, antecipadamente, em um lugar igualmente extraordinário, na capital da África Central. Pela primeira vez na história, a abertura da Porta Santa não se realiza na Basílica de São Pedro, no túmulo do Apóstolo, no centro do mundo cristão, mas em um lugar remoto, para muitos desconhecido.
Capital espiritual
A África Central é um dos países mais sangrentos e divididos do mundo. O Papa o escolheu justamente por esse motivo, para levar misericórdia e uma mensagem de paz a uma “terra que está sofrendo há vários anos com a guerra e o ódio, a incompreensão e a falta de paz. Mas nessa terra sofrida há também todos os países que estão passando através da cruz da guerra. Bangui se torna a capital espiritual da oração pela misericórdia do Pai. Todos nós pedimos paz, misericórdia, reconciliação, perdão, amor. Por Bangui, por toda a República Centro-Africana, por todo o mundo, pelos países que estão sofrendo com a guerra, pedimos paz!”, disse o Papa na praça da igreja, depois de sair de um papamóvel, desprovido de qualquer proteção contra possíveis perigos, onde o imã também concordou em se sentar.
Um gesto universal compreendido por todos
Uma tradição antiga é transferida para um país jovem. O significado de abrir a Porta Santa e cruzar o limiar está enraizado em um simbolismo ancestral que, em Bangui, se ramifica e dá novos frutos. Ele está revestido de futuro. O gesto do Papa Francisco foi revolucionário porque, em um lugar fechado, cheio de barreiras, ele abre uma porta para a esperança, convida as pessoas a entrarem para encontrar misericórdia e paz, para encontrar Cristo e serem transformadas. Ele traduz de forma cristã uma metáfora compreensível para todos, em qualquer lugar do mundo, de qualquer tradição, religião, experiência e história. Todos entendem que se trata de um rito de passagem fundamental e sagrado.
A linha de fronteira, o limes latim, ponto final, fechamento, é transformada em limen, limiar, abertura. Talvez não seja coincidência o fato de duas palavras opostas conterem a mesma raiz, mas é interessante lembrar o fato de que, na linguagem eclesiástica, a “visitatio ad limina apostolorum” é a visita dos peregrinos aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, que remonta aos primeiros séculos da Igreja, mais tarde estendida aos bispos. Tudo fala de Jubileu.
Portas Santas em toda parte
Naquele ano de Misericórdia, muitas Portas Santas foram abertas em todo o mundo, quase um sistema solar composto por milhares de estrelas brilhantes espalhadas pela Terra, mesmo nos lugares mais remotos. Foi uma grande oportunidade, um presente dado a todos, mesmo àqueles que, por vários motivos, não podiam se locomover e viajar. Foi um jubileu extraordinário que pôde ser vivenciado em todas as igrejas locais, permitindo que aqueles que quisessem vivenciar plenamente o evento, fazer a peregrinação e atravessar a Porta da Misericórdia em sua própria diocese.
Uma esperança que vem de Roma
O cardeal Dieudonné Nzapalainga, então arcebispo de Bangui, é um dos intérpretes nodais de seu país. Sua história é de fé e de uma árdua “luta pela paz”, lembrando o título de seu livro na versão italiana, publicado pela Livraria Editora Vaticana em 2022. O cardeal centro-africano compartilhou com a mídia vaticana, aos microfones de Jean Charles Putzolu, a memória daqueles dias e as consequências benéficas da visita do Papa à África Central.
Gostaria de levá-los de volta ao dia 29 de novembro de 2015, o primeiro domingo do Advento, quando o Papa Francisco abriu a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia. Foi em Bangui, na República Centro-Africana, portanto, em seu país: uma tradição muito antiga chegando a um país jovem. Em sua opinião, qual foi o significado desse gesto para todos os centro-africanos?
É um gesto único na história não apenas da Igreja universal, mas também da nossa Igreja.
Porque nós, centro-africanos, diante da violência, do sofrimento e da morte, encontrando-nos vivendo em um estado de absurdo, sentimos a esperança que veio de Roma por meio do homem de Deus, o Papa, que veio para aplacar, para trazer paz, tranquilidade e perdão, para trazer reconciliação, convidando nós, centro-africanos, a abrir as portas de nossos corações, cheios de ódio, rancor e vingança, para que pudéssemos nos enfrentar. É por isso que ele mesmo disse para depormos nossas armas: “leve a justiça, leve o amor”. Acredito que seu gesto será sempre lembrado aqui na República Centro-Africana. Muçulmanos, protestantes, católicos, todos nós somos unânimes em dizer que sua chegada foi salutar.
E o Papa de fato chegou. Ela se lembrou dessa mensagem, desse chamado para depor as armas. Havia uma enorme tensão até quase dois dias antes de sua chegada a Bangui. Houve mais tensão desde então? Essa mensagem foi ouvida? A mensagem do Papa foi ouvida e atendida? As armas ficaram em silêncio?
Acho que a mensagem foi ouvida. Passamos seis meses desde a partida do Papa como se estivéssemos em um país normal, algo impensável até dois dias antes de sua chegada. Sua chegada aliviou a pressão. Vimos muçulmanos saindo de seus enclaves para se juntarem a seus irmãos e irmãs católicos no estádio, para participar da grande celebração. As pessoas iam e vinham. O Km 5 [marco 5] era considerado um local onde havia muitas armas e, portanto, não se podia entrar. Mas fui até lá com os cristãos para acompanhar o Papa, dizendo aos muçulmanos: “vamos caminhar juntos!”
O Papa veio de Roma para a República Centro-Africana, os cristãos de Bangui deixaram nossos bairros para ir ao encontro de nossos irmãos, caminhando pela paz. Bem, nós marchamos e continuamos a fazê-lo desde aquele dia. Um líder rebelde nos disse que deveríamos conversar sobre espiritualidade com os imãs. Os imãs organizaram uma grande reunião para pedir aos líderes rebeldes que depusessem suas armas e muita coisa mudou desde então. Isso também foi resultado da visita do Papa.
Os imãs realizaram um grande encontro para pedir aos líderes rebeldes que deponham as armas e isso mudou muito. Esse também foi o resultado da visita do Papa, que nos deu um empurrão, nos fez recomeçar e agora estamos vendo os resultados. Hoje as armas não circulam mais como antes.
Em sua opinião, quais foram os outros frutos desse evento?
Foram os encontros entre jovens muçulmanos e jovens cristãos. Encontros bastante regulares entre mulheres muçulmanas e mulheres cristãs, e entre nós, líderes. Há pouco tempo, em março, uma mesquita a 250 quilômetros daqui foi vandalizada. O imã, o pastor protestante e eu falamos ao coração de nossos fiéis para desarmá-los e convidá-los a cooperar, respeitar, valorizar e respeitar o local. Esse, em minha opinião, é o fruto dessa passagem. Agora também pedimos que a justiça seja feita. Isso significa que aqueles que perderam suas casas devem poder recuperá-las, o que significa que aqueles que moram na casa do vizinho há muito tempo devem ter a gentileza de sair. E nós, líderes religiosos, trabalhamos com o coração. Há alguns que saem para deixar a casa para os proprietários sem passar pelos tribunais ou pelo Estado. Portanto, acho que isso também é proveitoso. Agora os corações estão dispostos e podemos conversar, podemos imaginar um futuro comum.
Quando o senhor diz que eles saem de casa, é porque eles realmente a devolvem ao seu legítimo proprietário, certo?
Exatamente isso.
Em um nível mais pessoal, Vossa Eminência, quais são suas lembranças mais fortes e talvez mais vívidas daquele período?
A lembrança mais vívida é a de entrar no quilômetro 5 dois dias antes: era impossível atravessar o posto de controle. Eu estava lá. Vi com meus próprios olhos: o Papa escolheu ir em um veículo não blindado, mas em campo aberto. Todos sabiam que havia muitas armas no local. Francisco teve a coragem de ir até lá e vimos que o imã também concordou em ir no papamóvel. Essa é a imagem mais forte. Quando saí para ir ao estádio, vi muçulmanos saindo em massa, arriscando suas vidas. Foi sua fé que os levou a sair. Um imã nos disse: ‘O Papa não veio para vocês, cristãos, mas para nós, muçulmanos. Estávamos no enclave, estávamos na escravidão. Ele nos libertou!”
Eminência, uma última pergunta: o senhor se tornou inseparável do Imã… entre cristãos e muçulmanos e também com os protestantes. Vocês realizam iniciativas juntos quase diariamente. Esse é outro fruto. É claro que é o resultado de seu trabalho, mas também é o resultado da visita do Papa…
A visita do papa nos confortou, incentivou e apoiou nesse trabalho. E fomos nós três que pedimos a ele que viesse à República Centro-Africana. Acho que todos nós somos gratos a ele. Esse é o fruto de sua passagem.
O Jubileu de 2025. Como estão se preparando para ele?
O Jubileu de 2025 é um momento importante para a Igreja. Bem, já estão sendo criados grupos aqui para refletir, orar, reunir-se e também para ver como, localmente, viveremos esse momento. Este ano celebraremos 130 anos de evangelização na República Centro-Africana e, ao mesmo tempo, estaremos caminhando para 2025, que está logo ali, e estamos trabalhando em ambos. Portanto, acho que há muito entusiasmo. Eu estava com um grupo de jovens que se encontrava na igreja em massa e dissemos uns aos outros: este é um momento importante porque é um momento de graça, mas também é um momento complicado e elevado. Não podemos deixar passar esse momento favorável.

O cardeal Dieudonné Nzapalainga

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