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Angola. Colóquio Internacional celebra em Luanda os cem anos de Amílcar Cabral

“Homens da estatura de Amílcar Cabral são intemporais”, estas e outras reflexões marcaram, nesta terça-feira, 12, em Luanda, o Colóquio Internacional alusivo ao centenário de Amílcar Cabral, a assinalar-se no dia 12 de setembro.
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Academia Diplomática Venâncio de Moura, em Luanda, foi o palco do Colóquio Internacional alusivo ao centenário de Amílcar Cabral, uma homenagem de Angola em relação à sua contribuição na conquista da Independência Nacional, assim como honrar a sua memória como um dos combatentes da liberdade contra a dominação colonial em África.
O Colóquio contou com quatro oradores, nomeadamente os académicos Óscar Monteiro, de Moçambique, Julião Soares de Sousa, da Guiné-Bissau, do antigo Presidente de Cabo Verde e actual presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires (por vídeo conferência), e o historiador angolano Cornélio Caley.
Em representação do Presidente da República de Angola João Lourenço, coube ao Ministro de Estado a abertura do evento.
Adão de Almeida destacou o percurso de Amílcar Lopes da Costa Cabral que foi um político, poeta, agrónomo e pan-africanista convicto, que lutou em prol, sobretudo, das independências das então colónias portuguesas em África.
E o Ministro angolano das relações exteriores, Teté António, recordou na ocasião a célebre audiência que o Papa Paulo VI concedeu aos três grandes líderes africanos, nomeadamente Amílcar Cabral, Marcelino dos Santos e Agostinho Neto, que partilhavam uma identidade de ideais entre Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau. 

Ana Maria Cabral e os Ministros Adão de Almeida e Teté António (Luanda, Angola)

Ana Maria Cabral, a viúva do pai das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde e presente no Colóquio, agradeceu o gesto do governo angolano e realçou que a iniciativa deve interessar mais os jovens para que conheçam a verdadeira história dos seus países.
Juntamente com os seus companheiros, Amílcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), instrumento essencial ao alcance das independências destes dois territórios e de afirmação da dignidade do homem africano. Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri a 20 de janeiro de 1973.

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