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Guiné-Bissau. Advogada anuncia ação judicial contra o Estado por sequestro

Os nove ativistas da Frente Popular foram libertados na Guiné-Bissau. Apesar da libertação, a advogada dos ativistas anunciou a intenção de processar o Estado, alegando sequestros e violações de direitos durante a detenção e, entretanto, o Movimento promete continuar com os protestos.
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Bissau
A intenção foi manifestada no final da tarde desta segunda-feira, 27/05, após seis horas de audições dos oito detidos na Vara Crime do Ministério Público, enquanto um deles permanece hospitalizado no Hospital Nacional Simão Mendes.
Após a soltura, a advogada Beatriz Furtado, que também é presidente da Comissão de Acesso à Justiça e Direitos da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, afirmou que esta é apenas uma fase de uma longa caminhada e que agora é necessário entrar com uma queixa contra o Estado.
“Esta é uma fase de uma longa caminhada que ainda tem outros processos pela frente que precisamos enfrentar. Chegamos à conclusão de que foi um sequestro por parte do Estado da Guiné-Bissau contra esses cidadãos, então vamos avançar com outra ação judicial contra o Estado guineense”, prometeu a advogada.
Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Ture, a audição não deveria ter ocorrido, pois o juiz da Instrução Criminal havia ordenado a soltura imediata dos detidos para que a investigação pudesse continuar posteriormente.
“A justiça, apesar de todas as dificuldades e limitações, acabou de dar uma lição a essas pessoas, e estamos aqui para parabenizar isso e afirmar que não há qualquer alternativa à democracia, nenhuma alternativa credível e sustentável para o estado de direito. Por isso, o caminho da liberdade vai prosseguir”, garantiu Bubacar Ture.

Protestos e manifestos pela libertação dos ativistas detidos

Após passar 10 dias detido na Segunda Esquadra, Armando Lona, coordenador da Frente Popular, reafirmou seu compromisso em prosseguir com a luta em prol do bem-estar de todos os guineenses. Ele ressaltou que a manifestação pacífica está amparada pela Constituição da República, e sua determinação em seguir esse caminho permanece inabalável.
 “Todos os passos que tomamos até agora e os que tomaremos no futuro serão respaldados pela legislação, pois somos cidadãos comprometidos com a República da Guiné-Bissau. Acreditamos que o bem mais precioso que possuímos é nossa pátria, a República da Guiné-Bissau, e é por isso que a luta persistirá”, afirmou o coordenador da Frente Popular.
A Frente Popular está determinada a combater o absolutismo, defender direitos, liberdades e garantias, e resgatar o País da ditadura”.

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