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Investigação sobre a morte de Navalny foi prolongada

Colaboradores de Navalny relatam que as autoridades russas negaram à família do dissidente o acesso ao corpo pelo terceiro dia consecutivo. Até que a investigação seja concluída, o corpo do líder da oposição tampouco será devolvido à sua família. De acordo com a edição europeia do semanário russo “Novaya Gazeta”, o corpo de Navalny está no necrotério do hospital distrital de Salekhard, na Sibéria. Até a noite de domingo para segunda-feira, nenhuma autópsia havia sido realizada, segundo o jornal
Vatican News

A investigação das autoridades russas sobre a morte de Alexei Navalny na prisão na última sexta-feira “foi estendida, vez que a causa da morte ainda não foi estabelecida”. O comitê investigativo russo informou à mãe e aos advogados do dissidente. “Eles não disseram quanto tempo vai demorar. Estão mentindo, ganhando tempo para si mesmos e sequer escondem isso”, retrucou imediatamente Kira Yarmysh, porta-voz da família Navalny.

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Ao expressar suas condolências à família, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu “uma investigação abrangente, confiável e transparente sobre as circunstâncias da morte de Navalny sob custódia”.
Enquanto isso, os colaboradores de Navalny relataram que as autoridades russas negaram à família do dissidente o acesso ao corpo pelo terceiro dia consecutivo.  Até que a investigação seja concluída, o corpo do líder da oposição tampouco será devolvido à sua família.
De acordo com a edição europeia do semanário russo “Novaya Gazeta” (publicado na Lituânia), o corpo de Navalny está no necrotério do hospital distrital de Salekhard, na Sibéria. Até a noite de domingo para segunda-feira, nenhuma autópsia havia sido realizada, disseram fontes citadas pelo jornal. De acordo com a unidade paramédica, o corpo apresenta hematomas, embora, aparentemente, não tenham sido causados por espancamentos.
Esta segunda-feira, a esposa de Navalny, Yulia Navalnaya, falou no Conselho de Assuntos Exteriores da União Europeia em Bruxelas. Durante a reunião, o Alto Representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, divulgou que o regime de sanções de direitos humanos da UE receberá o nome de Alexei Navalny, para que o dissidente “seja lembrado para sempre”.

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Enquanto isso, os protestos não param em toda a Rússia.  As autoridades já efetuaram mais de 400 prisões. Mais de 50 pessoas foram detidas perto da pedra Piedra Solovetski na Praça Lubyanka, em Moscou, enquanto depositavam flores em memória de Navalny. De acordo com o “Moscow Times”, uma jornalista também foi presa. A mídia independente, como a Sota e a RusNews, publicou alguns vídeos dos protestos, com pessoas segurando cartazes com os dizeres “assassinato” e “vergonha”.  Também em Moscou, as pessoas continuaram, pelo terceiro dia consecutivo, a recordar o opositor colocando flores aos pés do Muro da Dor, um monumento dedicado às vítimas da repressão política na URSS.  Ademais, foram registrados protestos em Kazan, Rostov, Tomsk, São Petersburgo e também em frente à embaixada da Federação Russa em Washington e ao consulado em Nova York.
(L’Osservatore Romano)

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