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Na audiência com Francisco para abrir a porta da paz na Ucrânia

No final da Audiência Geral, o Papa foi presenteado com um álbum de fotografias que documenta a devastação no país europeu e a Via Sacra Ucraniana que será consagrada no dia 25 de junho. Também estiveram presentes os sobrinhos do cardeal albanês Simoni, duas delegações da República Tcheca, um grupo de peregrinos que percorreram o Francigena em cadeiras de rodas, fiéis vindos de Benevento, voluntários da associação “Il girotondo della vita”.
Fabrice Peloni – Cidade do Vaticano
Restou apenas a chave de uma casa bombardeada pelos russos em Zhitomyr, na Ucrânia, e esta chave é hoje o símbolo da esperança para um começo, “porque deve existir uma chave para alcançar a paz”. Com estas palavras, padre Benedetto Sviderskyy, ministro provincial da Província de São Miguel Arcanjo dos Frades Menores na Ucrânia, apresentou na manhã desta quarta-feira ao Papa – durante a Audiência Geral na Praça de São Pedro – um quadro com algumas imagens fotográficas que documentam a devastação provocada pela guerra.
Nessas fotos – destaca o religioso – “é contada a história de uma das tantas famílias ucranianas que perderam tudo. As fotos mostram a casa deles por ocasião de uma festa de Natal antes da guerra e o que restou daquele prédio depois dos bombardeios: uma pilha de escombros, em meio aos quaid foi encontrada a chave da casa, um símbolo de recomeço.”
A Via Sacra ucraniana
 
Padre Sviderskyy estava acompanhado pelo sadre Rafael Makivskyy, guardião do santuário da Paixão em Sharhorod, no sudoeste da Ucrânia, padre Eduard Semko e o prefeito de Sharhorod. Em particular, eles falaram ao Pontífice da experiência espiritual da Via Sacra instalada nas proximidades do Santuário da Paixão, em um percurso montanhoso de dois quilômetros. A Via Sacra será consagrada no dia 25 de junho. “Tornou-se, desde o início da guerra, um símbolo do nosso sofrimento, da nossa disponibilidade para perdoar e da nossa esperança”, explicam os Frades Menores. Francisco abençoou o pequeno painel, símbolo desta Via Sacra.
Os beatos mártires albaneses
 
Testemunhas de violência, mas, ao mesmo tempo, de esperança são também Eugenio e Eleonora, sobrinhos do cardeal Ernest Simoni – filhos de seu irmão Ignazio – presentes na Praça de São Pedro na manhã desta quarta-feira, junto com outros familiares.
Quando crianças, quando o seu tio Ernest vivia uma prisão atroz, os dois eram constantemente espionados pelo regime comunista albanês. “Nós também sofremos perseguições contínuas”, conta Eleonora. Tanto que, acrescenta, “alguns dos nossos familiares estão entre os trinta e oito mártires albaneses proclamados beatos em Scutari em 2016”.
O caminho que liga Cirilo a Metódio
 
Da República Tcheca, presente uma delegação da região de Zlín e uma da Via Cirillo-Methodiana, no âmbito da apresentação do percurso que liga Velehrad – na região de Zlín, onde está sepultado São Metódio – e Roma, onde está o túmulo de São Cirilo. A iniciativa – que relança o legado espiritual e cultural dos dois santos irmãos co-patronos da Europa – será também apresentada ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé.
A Francigena em cadeira de rodas
 
Quinze deles saíram de Ancona no dia 18 de maio em cadeiras de rodas elétricas e percorreram a Via Francigena, passando por Assis, para chegar à Praça de São Pedro no dia da Audiência Geral. O grupo faz parte da «Freewheels», uma associação voluntária que ajuda pessoas com deficiência motora ou visual a viver experiências ao longo dos itinerários de fé na Europa.
A Madonna do Jardim das Rosas
 
Cerca de trezentos fiéis das paróquias de São Martinho e São Mauro de Solopaca, na província de Benevento, participaram da audiência pedindo ao Papa que abençoasse e coroasse – com o antigo stellarium e a coroa original que remonta a 1700, recentemente restaurada – a estátua de Madonna del Roseto, venerada no santuário mariano localizado a 600 metros acima do nível do mar. A guiar o grupo – com o bispo de Cerreto Sannita – Telese – Sant’Agata de’ Goti, o bispo Giuseppe Mazzafaro, prefeito de Solopaca e o padre Antonio Raccio, reitor do santuário.
Luisa e sua África
 
Entre os presentes na audiência, a escritora Rita Coruzzi entregou ao Papa o seu livro Luisa e la sua África, sobre a figura do missionário Guidotti Mistrali, morto no Zimbabue em 1979.

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