Notícias

Pe. Sale: Ucrânia ainda resiste, mas num impasse, perspectiva de negociação é remota

O sacerdote jesuíta de “La Civiltà Cattolica” considera remota “a perspectiva de uma negociação real para chegar a uma trégua ou a um congelamento do conflito – envolvendo as partes em questão e outros atores internacionais importantes, como os EUA”. Daí, a referência à recente entrevista à rádio e televisão suíça de língua italiana, na qual o Papa Francisco voltou a falar da “necessidade de negociação para chegar a uma cessação das hostilidades em situações de conflito (na Ucrânia como em Gaza)
Vatican News

No final do Regina Caeli, Francisco expressa tristeza e preocupação com os ataques do Irã a Israel e pede que parem com qualquer ação que possa levar o Oriente Médio a um conflito …

Mais de dois anos se passaram desde que Putin ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. “O Kremlin, mal informado por seus generais e espiões, pensou que tomar posse de Kyïv e estabelecer um governo amigável lá seria moleza: na realidade, não foi”, observa o padre Giovanni Sale no caderno nº 4.172 da revista jesuíta La Civiltà Cattolica, na publicação deste sábado, 20 de abril.
Em sua análise, o jesuíta reconstitui as etapas do conflito, descrevendo como “heroica e coletiva” a resistência do exército ucraniano, “já parcialmente armado por ocidentais”. Após dois anos de combates sangrentos e “várias centenas de milhares de mortos”, ressalta Sale, “Kiev ainda resiste ao agressor russo com determinação, embora a Rússia tenha uma economia 15 vezes maior do que a da Ucrânia e três vezes o número de habitantes”.
Exército ucraniano encontra-se em situação de “impasse”

Cenários de guerra e o grito de paz que se eleva dos povos

No entanto, o exército ucraniano está hoje em um “impasse”. Para sair disso, diz o jesuíta, “ele terá que passar de uma guerra de posição, que o está desgastando, para uma guerra de ataque, rápida e criativa, como foi a primeira parte da ofensiva”.
“Mas, para isso, precisará de mais soldados e, sobretudo, mais munição e armas mais sofisticadas para atacar, a longa distância, atrás das linhas inimigas; em suma, precisará do apoio convicto do Ocidente, da Otan” (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que no momento está “definhando por várias razões”.
Papa Francisco, necessidade de negociação

Publicamos o texto da entrevista concedida por Francisco a Lorenzo Buccella, jornalista da Rádio Televisão Suíça (RSI), antecipada este sábado por algumas agências e que a emissora …

Também distante, de acordo com Sale, está “a perspectiva de uma negociação real para chegar a uma trégua ou a um congelamento do conflito – envolvendo as partes em questão e outros atores internacionais importantes, como os EUA”.
Daí, a referência à recente entrevista à rádio e televisão suíça de língua italiana, na qual o Papa Francisco voltou a falar da “necessidade de negociação para chegar a uma cessação das hostilidades em situações de conflito (na Ucrânia como em Gaza). Suas palavras, infelizmente, foram mal interpretadas por muitos”, conclui o jesuíta.
(com Sir)

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Vistos

Sair da versão mobile