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Pequenas Irmãs dos Pobres: o cuidado amoroso aos anciãos

Pequenas Irmãs dos Pobres acolhem e ajudam os idosos pobres e solitários em suas casas. “Em cada um deles, para nós, há Jesus”, explica a Irmã Rosemary Rese.
Vatican News
Há um lugar no coração de Roma onde a caridade se torna concreta, onde o Evangelho é transformado em carne viva para ser cuidada, amada e acompanhada no encontro final com o Senhor. É a casa das Pequenas Irmãs dos Pobres, localizada na capital, perto da monumental basílica de São Pedro in Vincoli, em Roma. Todos os dias, nesse local, as irmãs, sem nunca se cansar, cuidam de idosos solitários e pobres que, de outra forma, correriam o risco de passar seus últimos anos em situações de extrema internação ou, no pior dos casos, nas ruas.
Cuidados que atingem o coração
“Trabalhamos com os idosos, vivemos com eles e tentamos ajudá-los naquelas necessidades que nem sempre conseguem expressar em palavras”, explica a Irmã Rosemary Rese. 
O diferencial está na proximidade das religiosas com os idosos, que faz com que eles se sintam cuidados não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. Nem todos são iguais, uns são mais ativos e participam de momentos comunitários, como refeições ou missas. Outros preferem se fechar na solidão, mas precisam de cuidados e as religiosas buscam respeitar essa escolha. “Tentamos compartilhar com eles não apenas os problemas, mas também os momentos de alegria que a vida ainda oferece”, conta Irmã Rese.
A vida entre os pobres e solitários
Fundada por Santa Joana Jugan, na pequena cidade francesa de Saint-Pern, em meados do século XIX, a congregação das Pequenas Irmãs dos Pobres começou a cuidar dos idosos mais pobres. Em uma noite de inverno Santa Joana viu embaixo de sua casa uma mulher muito idosa e cega que estava prestes a morrer de frio. Ela a acolheu, cuidou dela e se tornou, assim, a primeira hóspede a ser acolhida. Logo depois, outras pessoas necessitadas foram acolhidas e, nesse meio tempo, formou-se uma pequena comunidade de voluntários para ajudá-la. Em poucos anos, essas comunidades se espalharam por toda a França. “Infelizmente”, afirma Irmã Rosemary, “por um determinado tempo, nossa fundadora foi afastada, mas continuou seu trabalho de evangelização, especialmente entre as noviças.”
Quando consagradas, a religiosas fazem um quarto voto: o da hospitalidade. “Nós o vivemos precisamente nas casas com os idosos, por isso pedimos a São José que a providência apoie nosso trabalho e ajude essas pessoas!” De fato, as irmãs vivem exclusivamente do que a Providência lhes traz, indo todos os domingos a diferentes paróquias para contar sua história e coletar algumas ofertas. “Sempre somos recebidas com muito amor”, diz a Irmã Rosemary, emocionada, “e por isso somos muito gratas, primeiramente ao Senhor, depois aos bons párocos e às muitas pessoas de bom coração que não nos deixam faltar nada”, acrescenta.
“Leve-nos com você perante o Senhor”
Os idosos que são acolhidos, geralmente estão completamente sozinhos ou não têm mais um relacionamento com a família de origem. Nesses casos, as Irmãs também tentam ajudar a restabelecer os laços que foram rompidos por brigas e nunca mais foram restabelecidos. “Tentamos dar a eles a serenidade que às vezes não tiveram em vida e, acima de tudo, temos o privilégio de estar com eles em seus últimos momentos. Antes de morrerem, dizemos: leve-nos com você ao Senhor que está prestes a encontrar, e temos certeza de que cada um deles realmente nos leva a Deus, porque os presentes que recebemos todos os dias são uma prova tangível de sua bondade”.

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