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Unicef: mortalidade infantil está diminuindo na África e na Ásia, mas ainda há muito o que fazer

De acordo com estimativas do Unicef, OMS, do Grupo Banco Mundial e da ONU DESA, houve uma redução nas mortes de crianças com menos de cinco anos desde 2022. É o que afirma o relatório “Levels and Trends in Child Mortality”. Desde o ano 2000, no Camboja, Maláui, Mongólia e Ruanda a taxa de mortalidade infantil caiu mais de 75%.
Jessica Jeyamaridas – Cidade do Vaticano
“Graças a décadas de esforços de indivíduos, comunidades e nações para que as crianças tenham acesso a serviços de saúde eficazes, de qualidade e de baixo custo, demonstramos que temos o conhecimento e as ferramentas para salvar vidas.” É o que diz a diretora-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, ao comentar os dados do relatório ‘Levels and Trends in Child Mortality’ (Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil), resultado de um estudo patrocinado pelo Unicef, Organização Mundial de Saúde (OMS), Grupo Banco Mundial e UN DESA, Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais.
Maior número de mortes na África Subsaariana
Apesar dos avanços positivos, os números do relatório indicam que ainda há um longo caminho a percorrer. Mais de 4,9 milhões de crianças com menos de cinco anos perderam a vida devido a pneumonia, diarreia e malária. As mortes também ocorreram entre as mães devido a complicações no parto. A maioria das mortes está concentrada na África Subsaariana e no sul da Ásia. As mortes prematuras também são um problema mundial, cerca de 221 milhões de crianças, adolescentes e jovens perderam a vida entre 2000 e 2022.
Metas para o futuro
Tal como afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o local de nascimento de uma criança não deve determinar a duração da sua vida. As desigualdades sociais e econômicas colocam em risco a sobrevivência das crianças nascidas em famílias pobres e que vivem em contextos afetados por conflitos. Segundo o relatório, há 59 países que não alcançarão a meta de mortalidade abaixo de 5 anos estabelecida pelos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). As estimativas preveem que até 2030, mais de 35 milhões de crianças não sobreviverão. Li Junhua, subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Econômicos e Sociais, sublinha que o atendimento de alta qualidade é essencial para reduzir a mortalidade infantil.

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